Em meio a crise financeira, Fundação José Silveira registra segunda morte de recém-nascidos no Hospital Cristo Redentor em menos de uma semana.
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| Na imagem: Daniele Alves dos Santos e Evelyn Pacheco Araújo suposta vítimas de negligência hospitalar da Fundação José Silveira. |
Em meio a maior crise financeira do Hospital Cristo Redentor administrada pela Fundação José Silveira, duas mortes de recém-nascidos em um intervalo de seis dias coloca a instituição a beira do colapso com falta de material cirúrgico e profissionais que recusam a trabalhar por falta de pagamentos.
Na terça-feira (7/12), a primeira tragédia cercada de sofrimento que levou a morte de uma recém-nascida e colocou a mãe do bebê em estado grave na UTI do Hospital Cristo Redentor. A mãe Daniele Alves dos Santos perdeu a sua pequena por pura negligência hospitalar, na falta de anestesista e ausência de material cirúrgico nas dependências do Hospital. E seu estado de saúde ainda é considerado grave por conta de uma infecção.
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| Morte de bebê na Fundação José Silveira revela mais um capítulo do conluio de vereadores e prefeito com o Hospital (VEJA AQUI) |
Mal Itapetinga absolve a morte da recém-nascida com a mãe em estado de saúde grave. Outra tragédia se abate sob o mesmo Hospital em menos de uma semana. No sábado (11), a noite, Evelyn Pacheco Araújo deu entrada na Fundação José Silveira em trabalho de parto. A mãe teria previsão, segundo sua obstetra, para o inicio de dezembro, porém por orientação médica ultrapassou o período de 10 dias o que obrigou a um procedimento cesariano as pressas.
A bebê de nome Jade Maria Pacheco Araújo nasceu com vida na madrugada do domingo (12), mas não resistiu e morreu uma hora após o nascimento. Segundo parentes e amigos próximos da família, a bebê foi retirada da barriga da mãe com duas voltas do cordão umbilical enrolado no pescoço.
Alguns blogs atribuem a morte a negligência hospitalar com ausências de material cirúrgico e profissionais. Familiares não confirma a narrativa de alguns veículos de imprensa local. Porém a mãe e o pai da bebê procuram respostas sobre a demora para realização do parto em Evelyn Araújo, eles acreditam se houvesse a realização do parto dois dias de antecedência teriam salvo a bebê recém-nascida.
Evelyn alega que teria dado entrada no hospital há 7 dias em trabalho de parto, e que teria sido informada pelo médico que o hospital não teria anestesista para um procedimento cesariana e que ela não estraria em trabalho de parto naquele dia, e determinou o retorna a sua casa.
Nas redes sociais Evelyn Pacheco Araújo, não poupou criticas a Fundação José Silveira, assim como o prefeito de Itapetinga com duro recado ao gestor municipal: “ao prefeito Rodrigo Hagge o meu muito obrigada, enquanto você era colocado como um dos maiores prefeito do Brasil por ACM Neto, eu chorava pela morte de minha filha, que eu ao menos conseguir abraçar. Será mesmo?!”
Já sobre a Fundação José Silveira, Evelyn desabafou e acusou o hospital de negligência por não seguir a orientação de sua obstetra que recomendou o parto para 10 dias antes. “Isso não vai ficar em vão. Tenho certeza se eu tivesse entrado pela ala particular, três semanas atrás, com as mesmas reclamações e com a mesma “equipe” do SUS, as coisa teria sido diferentes. Perdir minha filha em decorrência de um sofrimento fetal agudo, ocasionado pela negligência já corrente do hospital, que se negou a seguir as recomendações da médica obstetra.”
E tudo indica que a crise que se abateu sobre o Hospital Cristo Redentor está muito longe do fim. Na manhã desta terça-feira (14), o coordenador do Pronto Socorro da Fundação José Silveira, Dr. Silvio Macedo deixou o cargo. O cardiologista, em áudio enviado a médicos e enfermeiros, se mostrou impaciente com a gestão da Fundação e falou de atrasos nos salários e criticou a falta de material hospitalar na unidade. Ouça o áudio abaixo:
A equipe do IDenuncias solidariza com as mães, pais e seus familiares e pede desculpa pela foto destaque impactante, mas é necessário, para que não tenhamos tamanha demonstração de desprezo a gravidas pobres e que tais negligências hospitalares possa virar rotina no Hospital Cristo Redentor administrado pela Fundação José Silveira.
