Acusações de vítimas da enchente de dezembro apontam envolvimento de vereadores na lista de beneficiários para entrega de kits.
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| Entrega de kits para famílias vitimas da enchente de dezembro no estádio de futebol de Itapetinga, o Primaverão. |
Não são poucas pessoas vítimas da enchente de dezembro, mas dezenas que soltaram o ‘verbo’, e criticaram a maneira em que foi conduzida pela Prefeitura de Itapetinga a lista de beneficiários para entrega de kits doados por instituição ao município a serem entregues a famílias que perderam seus bens na trágica noite das chuvas natalina.
Dos locais críticos que sofreram inundações a relatos de moradores que perderam praticamente tudo, no dito popular ‘estão na lona’. Eles reclamam que se quer foram procurados pela Ação Social do município para inclusão na lista de beneficiários da última entrega de kits contendo: um fogão, dois colchões, dois travesseiros, três cestas básicas, além de roupas de banho e cama, água, leite e de kits de higiene e limpeza, em evento na sexta-feira (14), no estádio de futebol, Primaverão.
A uniformidade dos relatos destes moradores surpreende na medida em que o colaboradores do IDenuncias chega ao ponto crucial, do porque estariam fora da lista de beneficiários dos kits, já que perderam tudo na enchente? A resposta, é que eles não teriam procurado vereadores para solicitar sua inclusão na lista da doação de kits, elaborado pela ação social de Itapetinga.
Entre os relatos das vítimas, acusações a vereadores da base do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) na Câmara de Itapetinga. Mesmo citando nomes destes parlamentares, IDenuncias decide não revelar os vereadores citados, diante de declarações furiosas de pessoas indignada pela exclusão na lista de beneficiários, levando alguns a narrativas carregadas de ressentimentos contra alguns vereadores.
Mas, citam que vizinhos vítimas da enchente tiveram prioridades na lista por ter procurado vereadores ligados ao prefeito. Como também relatam que pessoas próximas foram incluídas na lista de kits sem ter suas casas tomadas pelas águas do Catolé.
“Um dos meus vizinhos teve água chegando à porta e nem entrou na casa, ele teve direito, e eu não, que perdi tudo e não tenho como recuperar por não ter dinheiro.” Afirmou uma senhora de aproximadamente 58 anos, que alega não ter renda para sustentar sua família e nem casa, já que a sua foi danificada pela enchente.
“Cara, tô zerado, não sei o que fazer, tô desempregado, minha mulher faz pico, e a única coisa que tenho é um colchão que recebi e cesta básica que venho recebendo, conseguir com muita dificuldade desentupir as bocas do meu fogão que ficou debaixo d’agua, o forno já era, minha casa tá com rachaduras, enquanto pessoas que nem merece recebeu um fogão novinho e muito mais, só por que tem um vereador amigo. Isso é revoltante.” Disse um senhor de aproximadamente 53 anos, que levou sua filha para morar com avó, ele fez acusações seria de pessoas que não foram vítimas da enchente e receberam os kits da Prefeitura.
“Eu não acredito que o prefeito [Rodrigo Hagge], deixou agente de fora, tenho dois filhos, perdi tudo, e vi na entrega das coisas [kits], gente com família com condições de comprar tudo de novo, e eu que não tenho nada, não recebi nada. Pobre sofre nessa vida, amigo. Mas se você tem um vereador você consegue tudo.” Relata um casal de aproximadamente 35, e sua esposa de 27 anos.
Na Câmara de Itapetinga, o assunto sobre a influência de vereadores na lista de beneficiários de kits para vítimas das enchentes, é quase tabu, mas existem parlamentares que aponta o dedo sem admitir que estão envolvidos no conluio, em direção a vereadores emedebistas muito próximo a Rodrigo Hagge, no qual os edis tratam de ‘prata da casa’, ou os ‘queridinhos’ do prefeito, que na enchente natalina ficaram conhecidos como vereadores youtuber e Tiktok.
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| Kits entregue para vítimas da enchente vira caso de polícia em Itapetinga (VEJA AQUI) |
Caso de Polícia
A entrega de kits para vítimas da enchente na sexta (14), em um estádio de futebol virou caso de polícia em Itapetinga, horas, após a doação, beneficiários postaram nas redes sociais a vendas dos produtos. Quando a notícia veio à tona o prefeito Hagge acionou a Procuradoria do município a registrar queixa crime na delegacia de polícia contra alguns cidadãos que expôs os kits a venda pela internet. A administração pública havia dito que foram identificados os supostos beneficiários infratores de venderem produtos fruto de doação e não de roubo. É inacreditável!
