Ao incluir todos os funcionário da Educação no rateio do dinheiro do Fundeb, vereadores implica o prefeito Hagge com servidores do município.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), no encontro de formação dos profissionais de educação da rede municipal. |
Mais de 2 milhões de reais de sobra do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) destinado para Educação de Itapetinga, deve parar nos bolsos do profissionais da área. No projeto de lei original enviado pelo prefeito Rodrigo Hagge (MDB) a Câmara de Vereadores, o gestor só considerou o rateio milionário a professores, mas os parlamentares alteraram o projeto e estenderam a divisão dos valores para todos os servidores da educação.
Pela lei, pelo menos 70% dos recursos do Fundeb deve ser destinado ao pagamento dos profissionais da educação básica em efetivo exercício. Quando não atinge esse percentual, a diferença deve ser rateada (dividida) entre esses profissionais da educação.
Ao ampliar o número de beneficiários, a sobra destinada a professores no projeto original que poderiam alcançar o entorno de R$ 8 a 9 mil reais de abono para cada educador, alteração feita pelos vereadores foi um péssimo negócio para os profissionais da educação, o valor do abono cai pela metade, pouco mais de R$ 4 mil. O baque nos professores é visto pela APLB [sindicato dos Professores], como retaliação a classe de educadores, que agora cobra do prefeito e secretário de Educação Geraldo Trindade (PSC), o veto na alteração do projeto de lei.
Com voto de toda bancada de vereadores do prefeito Hagge na alteração do projeto de lei, o veto já é visto como uma afronta a vereadores da base aliada. Mas o prefeito tem o poder de reduzir a resistência parlamentar com ameaça de perda de cargos de correligionários na Prefeitura indicados pelos vereadores.
Vereadores foram obrigados a manter vetos do prefeito Hagge sob ameaça de perda de cargos (VEJA AQUI) |
Mesmo que haja o veto ao projeto de lei, o desgaste ao prefeito Hagge, será mais agravante que nos vereadores que serão obrigados a endossa o veto do prefeito, mesmo com discurso eloquente dos vereadores em defesa da igualdade. Afinal, manter seus correligionários na Prefeitura é muito mais importante que dinheiro no bolso dos servidores que não sejam professores.