Vereadores de comissão da Câmara que elabora parecer das contas rejeitas de Rodrigo Hagge pelo TCM, voltam a Salvador, mas objetivo é ganhar tempo para chantagear o prefeito, sobre novo presidente da Câmara.
Na última visita dos vereadores de Itapetinga ao TCM em Salvador o turismo levou quase uma semana tudo pago com dinheiro público através das famosas diárias. |
Quando se fala na legislatura 2020/2024, na Câmara Municipal de Itapetinga, pode desconfiar que há algo de podre no reino legislativo municipal. A notícia que vereadores voltaram a fazer um novo tour em Salvador para buscarem mais informações sobre como derrubar as auditorias do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que rejeitou as contas públicas 2018 do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), por irregularidades, ganha ares de malandragem com doses homeopáticas de chantagens e barganhas.
Há 15 dias, um grupo de 6 a 7 vereadores foram a capital para buscarem informações no TCM de como proceder em uma votação de julgamento político no plenário da Câmara de Itapetinga. No TCM, os parlamentares itapetinguenses tiveram encontro com o ex-político petista que virou conselheiro do Tribunal de Contas, Nelson Peligrino. Lá ouviram como proceder em uma votação de julgamento das contas, mas, em momento algum citaram a verdadeira intensão que é derrubar as contas auditadas pelo TCM e suas consequências.
Os vereadores que irão maquiar 'relatório' para livrar prefeito Hagge das contas rejeitadas (VEJA AQUI) |
Com prazo cada vez mais curto nas Comissões que deve emitir parecer sobre o julgamento das contas no plenário da Câmara, os vereadores usam da expertise para focar no principal objetivo que a eleição antecipada de novo presidente do Legislativo. O esquema dos vereadores é ganhar tempo para barganhar com o prefeito. Na proposta: a não interferência de Hagge no processo de eleição interna da Câmara, em troca, os vereadores garantiriam ao prefeito a derrubada das contas rejeitadas pelo TCM. Para derrubar as contas, o prefeito precisará de 10 votos no plenário da Câmara.
A resistência do prefeito com inúmeras chantagens vinda da Câmara vem tirando o sono de Rodrigo Hagge, que não imaginava que o seu favorito presidente poderia se voltar contra ele. Com a morte de Léo Matos em acidente de pesca, Valquirio Lima (PSD), o Valquirão , assumiria a vaga de vereador, porém, para chegar a presidência do legislativo, teria que pressionar o vice-presidente Anderson da Nova (UB), a convocar novas eleição sob ameaça de perder todos os cargos indicados na Prefeitura. Anderson cedeu sem questionar, e a presidência seria garantida a Valquirão se pautasse as contas rejeitas do prefeito para serem derrubadas no plenário da Câmara.
O problema é que em toda essa malandragem que vai pagar a conta são os contribuintes. Na última viajem dos parlamentares a Salvador, os edis curtiram quase uma semana na capital, regados a moquecas de peixes e camarões, churrascos e passeios em pontos turísticos, isso, sem falar nos chopinhos com direito a banho de sol nas orlas. Tudo pago com dinheiro público das famosas diárias legislativas.
E parece que o último tour dos vereadores não satisfizeram, quando os membros das comissões responsáveis pelos pareceres a serem julgados no plenário, decidem fazer nova excursão na capital baiana. De acordo com site do Legislativo, os vereadores: Tuca da Civil (republicano) e Helder de Bandeira (PSC), relator e membro da comissão Orçamento e Contas foram os primeiros edis anunciar a visita a Salvador para obterem informações já colhidas anteriormente.
O esquema do prefeito Hagge para vereadores derrubarem contas rejeitadas pelo TCM (VEJA AQUI) |
Na verdade, o que está por trás desta movimentação é a resistência do prefeito Hagge em aceitar um presidente que não seja de sua confiança. Então os vereadores decidiram pressionar o prefeito por todos os lados, chantageando-o com morosidade na derrubadas das contas rejeitadas até quebrar a resistência do gestor municipal em aceitar um presidente da preferencia dos vereadores rebeldes.
Mas isso não significar que a derrubada das contas rejeitadas de Rodrigo Hagge estará garantida. Afinal, os vereadores que foram ao TCM e mantiveram sobre sigilo a orientação do conselheiro do Tribunal de Contas, sinal, que não ouviram coisas otimistas. Mas como sigilo na boca de vereadores é algo muito raro, derrubar auditoria do TCM não será uma tarefa tão fácil quando muitos acreditam ser.