Recusa de vereadores da Mesa Diretora da Câmara de Itapetinga de levar para votação PL do vale-refeição a assessores levanta suspeita de dificuldade da rachadinha no beneficio.
Quando os vereadores integrantes da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Itapetinga, os vereadores Anderson da Nova (UB), Neto Ferraz (PSC) e Tuca da Civil (republicano) decidiram não assinar o projeto de lei que concede vale-refeição a assessores parlamentares e comissionados do Legislativo, é que algo de podre já exalava nos corredores do poder municipal.
A fúria de um dos assessores parlamentares que afirmou que vereadores da Mesa Diretora não assinava o projeto de lei por não haver como praticar a rachadinha no vale refeição das assessorias desencadeou uma preocupação interna que a prática ilegal típica da legislatura passada voltou com força no atual Parlamento.
Os vereadores Anderson, Neto e Tuca, assim como os demais parlamentares que saíram com as mãos abanando sem direito a nada apenas sobrevivendo com seus ‘míseros’ salários de 8 mil reais mês, um privilégio para poucos brasileiros, porém para os vereadores de Itapetinga uma renda de quase 8 salários mínimo que não dá para nada. Demonstraram o rancor com o presidente da Câmara Valquirio Lima (PSD), o Valquirão, que decidiu trancar quaisquer regalias para os vereadores de Itapetinga. Agora, eles decidiram descontar todo a fúria nos assessores de salário de menos de 2 mínimos mês a não ter direito ao vale-refeição.
Aprovado na Câmara reajuste a servidores, em meio à fúria de assessores que ficaram sem vale refeição (VEJA AQUI) |
A luta solitária de Valquirão revela um presidente bom de briga ao enfrentar a ganância de 14 vereadores em um parlamento 15. Isso, não assusta o gestor legislativo que já mandou recado o trio da Mesa Diretora: “para servidores tudo, para vereadores nada”.
A resposta de Valquirão culminou com rejeição de Anderson, Neto e Tuca de não concederem o benefício aos assessores parlamentares e comissionados do Legislativo. E pior, por não haver como praticar o rateio no vale-refeição já que os cartões alimentação sairiam com os nomes dos assessores titulares e com senha. Um rateio seria possível, sim, porém, muito arriscado de vereadores possuírem um cartão do assessor para ir às compras em supermercados ou mercadinhos do município, algo muito fácil de ser detectado se os parlamentares fizer uso do beneficio.
O vale-refeição de R$ 500 reais que seria cedido pelo presidente Valquirão aos assessores parlamentares dos vereadores, como uma espécie de reposição salarial já que a categoria de cargos de livre nomeação na Câmara havia mais de 10 anos sem reajuste nos salários.
O que mais impressionou na Câmara de Itapetinga foi a frieza e o silêncio dos vereadores em relação ao benefício do vale-refeição aos seus próprios assessores parlamentares. Na sessão da quarta-feira (15), a maioria esmagadora dos vereadores recusaram a defender a causa e focaram no servidores efetivos da Câmara e Prefeitura desprezando totalmente aquelas pessoas de confiança e próximas. Segundo fonte, apenas o vereador Adelino Fonseca, o Peto (MDB), se prestou a defender o beneficio a assessores parlamentares, já os demais:
Luciano Almeida (MDB), Eliomar Barreira (MDB), o Tarugão, João de Deus (MDB), Manu Brandão (MDB), Gêge do Sindicato (PSB), Pastor Evandro (PSD), Tiquinho Nogueira (PDT), Valdeir Chagas (PDT), Sibele Nery (PT) e Helder de Bandeira (PSC), preferiram se omitirem por ter sidos excluídos dos benefícios ofertados a servidores pelo presidente da Câmara.
Agora com ruídos de vereadores que querem faturar sobre alimentação dos assessores, demonstra uma relação promiscua de três vereadores da Mesa Diretora que insistem em não saírem com as mão vazias do brecar de Valquirão nas regalias a parlamentares. Não resta dúvidas, que essa nova modalidade de rachadinha no vale-refeição que os vereadores venha a contemplar seria o mais abuso de todos absurdo na Câmara de Itapetinga. Não duvidem!