Bom desempenho de Lula no Jornal Nacional, acende alerta no núcleo de campanha de Bolsonaro que nos debates o petistas poderá desmontar o presidente.
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| Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva na sabatina do Jornal Nacional. |
O excelente desempenho do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), na sabatina do Jornal Nacional, superou todas as expectativas da campanha petista, como também, de Integrantes da campanha de Bolsonaro que não devem admitir publicamente, mas avaliam que o desempenho foi melhor que o do presidente. Revelou uma figura do núcleo de campanha palaciana a coluna Bela Megale/O Globo.
Tema considerando espinhoso para campanha de Lula, corrupção na era PT, o ex-presidente tirou de letra e de quebra comparou suas gestões a de Bolsonaro no combate a corrupção de não interferência na Policia Federal ou judiciário para proteger qualquer parente dele ou amigos encrencados com a justiça, como faz o atual presidente que coloca investigações que atingem seu núcleo e familiares sob sigilo de 100 anos.
Na sabatina do JN, os bolsonaristas esperaram que o ex-presidente perdesse o rumo quando o apresentador William Bonner citasse a corrupção na era PT. Se criou uma grande expectativa na campanha de Bolsonaro de vê o petista derrapando no tema, ou melhor, negando a existência de corrupção nos governos Lula e Dilma, mas não foi exatamente isso que aconteceu. Lula admitiu a corrupção como também deu total autonomia para que os órgãos de Estado apurasse os crimes sem interferência do seu governo. Uma reposta direta, que atingiu de cheio a cúpula do atual governo que anda escondendo os malfeitos sob decretos de sigilos assinado pelo presidente Bolsonaro.
O que mais irritou a campanha de Bolsonaro no JN, segundo a colunista O Globo, foi a fala inicial de William Bonner, relatando que Lula não devia mais nada à Justiça. Os 26 processos abertos contra o ex-presidente em decorrência da operação foram encerrados. Mesmo assim, equipe do presidente tinha a expectativa que Lula fosse questionado sobre as acusações.
Para a campanha de Bolsonaro, o pior momento de Lula, foi sobre temas ligados ao agronegócio, ao dizer que há alguns “fascistas” no segmento. O petista defendeu o MST e destacou que o movimento é o maior produtor de arroz orgânico do país, além de dizer que “não é o mesmo de 30 anos atrás”, das grandes invasões.
O bom desempenho de Lula no Jornal Nacional fez acionar um sinal de alerta na campanha de Bolsonaro, de que o petista de décadas de experiência em debates e sabatinas possa desmontar Jair Bolsonaro e impedir qualquer reação do presidente que busca reeleição.
Com pouca notícia negativa a falar sobre a sabatina de Lula no JN, o núcleo de campanha, assim, como os bolsonaristas nas redes sociais, se limitaram a cantar vitória do presidente da Republica nas entrevistas sobre a audiência do telejornal da Globo que registrou com Bolsonaro um pico de 33, 8 enquanto Lula registou uma audiência de 31, 5 pontos. Isso, vindo do bolsonarismo que odeia a Rede Globo de Televisão, que no dia da sabatina do petista, promoveu nas redes uma campanha de boicote a emissora. Dá para entender, essa gente?
