Com mais de 500 demissões de indicação de vereadores, prefeito Rodrigo Hagge escancarou a existência de 'cabide emprego' na Prefeitura de Itapetinga.
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Cortes e demissões na Prefeitura de Itapetinga por Decreto Municipal evidência uma folha de pagamento inflada por indicações política em troca de apoio na Câmara. |
Um dia após a eleição de 2º turno, em 31 de outubro, o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), baixou um decreto municipal nº 152/2022, no Diário Oficial determinado aos seus secretariados municipais o contingenciamento de despesas com corte de 40% na folha de pagamento de pessoal como também as despesas de material de consumo interno.
A medida considerada dura da Administração emedebista por apoioadores, de cortes e demissões atingiu de cheio os cargos de indicação político de parlamentares aliados na Câmara Municipal de Itapetinga. A base formada de 12 vereadores sentiu o baque quando correligionários dos políticos com mandato os alertaram que foram tesourados pela gestão Rodrigo Hagge.
A insatisfação com o ato administrativo do prefeito só não causou um mal-estar com a base aliada por conta de outra decisão de Rodrigo Hagge, de não incluir entre os mais de 500 cortes de pessoal os parentes dos vereadores na Prefeitura. O gesto conteve estragos e manteve de pé propostas polêmicas na Câmara, como a PL dos Advogados e julgamento das contas rejeitadas 2019 pelo TCM que estão sendo investigadas pelos Ministérios públicos: federal e estadual, suspeitas de corrupção.
Tratada praticamente como despesas desnecessárias pela gestão, a decisão de contenção de despesas deixou claro que nos cortes de 40% do quadro de pessoal na Prefeitura de Itapetinga é de esmagadora maioria de indicação política com propósito de abastecer sua base aliada de vereadores na Câmara Municipal.
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Após eleição, Prefeito Hagge inicia uma limpa na Prefeitura com cortes e demissões (VEJA AQUI) |
Com Decreto Municipal, o prefeito trouxe a tona uma folha de pagamento inflada por indicações políticas em troca de apoio no Poder Legislativo e evidenciou a existência de ‘cabide de emprego’ na Prefeitura em prol dos seus vereadores além de provar falta de traquejo para administrar um município como Itapetinga, que a dois meses do fim de 2022 tenha que tomar medidas desesperadoras para fechar as contas públicas.
A previsão de economia estimada pelo prefeito com os cortes só com pessoal de indicação política deve ultrapassa quase R$ 4,4 milhões entre os meses de novembro e dezembro deste ano.
Mas não é a montanha de dinheiro que importa para Rodrigo Hagge, são os índices estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que permitir a uma gestão municipal gastar no máximo 54% da receita da cidade com pessoal em folha de pagamento. Se ultrapassar esse limite, terá as contas rejeitadas pelo TCM.
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Prefeito Hagge demite indicados de vereadores, mas poupa parentes dos edis (VEJA AQUI) |
Com situação nada confortável no TCM, o prefeito de Itapetinga reincidente em contas rejeitadas dos exercícios 2018/2019, terá ainda este ano o julgamento pelos conselheiros do Tribunal de Contas as contas públicas 2020, ano da reeleição de Rodrigo Hagge. A expectativa que o gestor seja tri em contas rejeitadas com gastos excessivos com pessoal e com suspeitas de desvios de recursos em ano eleitoral.
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