Ao pressionar vereadores, Prefeito de Itapetinga leva clima de tensão para Câmara com acusações de suspeita de suborno para aprovação do projeto de lei dos honorários advocatícios.
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| Troca de acusações entre vereadores nos bastidores do Legislativo sobre suspeita de suborno para aprovação de Projeto lei do Poder Executivo é a primeira da história do Parlamento Municipal. |
O polêmico Projeto de Lei de autoria do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), sobre “honorários advocatícios sucumbenciais”, conhecida como a ‘PL dos Advogados’, que pode levar cincos advogados da Prefeitura de Itapetinga se tornarem os próximos milionários da cidade no prazo de 6 anos, nas custas do município e dos contribuintes devedores com tomada de patrimônio dos cidadão. Provoca desavença na base aliada do prefeito na Câmara de vereadores com racha e troca de acusações com suspeitas de suborno.
Na quarta e quinta-feira (16/17), os vereadores governistas receberam uma série de pressões vindas de secretários municipais por ordem do prefeito Hagge para aprovação da famigerada PL dos Advogados na Câmara de Itapetinga para sessão da próxima quarta-feira (23) véspera da estreia do Brasil na Copa do Mundo na quinta (24).
O plano dos emissários do prefeito de Itapetinga é fazer da data uma cortina de fumaça que em tese dos secretários municipais amenizaria os danos ou efeitos colaterais contra os vereadores aliados já que todas as atenções da população estaria focada no jogo do Brasil no dia seguinte.
Mas tudo é uma teoria sem lógica e os vereadores sabem disso. As cobranças chegarão às residências dos contribuintes devedores da pior forma possível, através da justiça, onde muitos processos com bloqueio do patrimônio e contas bancárias se arrastaram até eleição municipal. Diante previsibilidade do caos, com pessoas perdendo o pouco do que tem para a Prefeitura e advogados da administração, a bancada governista está ciente, se aprovar a PL dos Advogados como deseja o prefeito, é fim da carreira política para maioria deles.
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| Hagge volta a pressionar vereadores a votar PL dos Honorários, proposta prevê tomada de bens do cidadão (VEJA AQUI) |
Diante de um futuro nada promissor caso venha aprovar a PL dos Advogados, alguns vereadores governistas se anteciparam em reuniões ao afirmarem que não votaria em um projeto de lei que atingisse as finanças da população. Entre esses parlamentares o líder do governo na Câmara Municipal, vereador Eliomar Barreira (MDB), o Tarugão, alertou os emissários do prefeito que não votaria na proposta.
Na contramão do líder do prefeito na Câmara, os vereadores Pastor Evandro (PSD) e Manu Brandão (MDB), se articulam para aprovação da PL dos Advogados. A insistência dos parlamentares em uma proposta letal ao bolso dos contribuintes devedores do município levantou serias suspeitas nos bastidores do Legislativo municipal, que vão de financiamento de campanha a pagamentos parcelados. Que na prática, tudo ocorreria em ano eleitoral. Segundo suspeitas dos vereadores, toda essa grana viriam dos beneficiados com a lei.
Reflexo dessa tensão na Câmara de Itapetinga, foi um bate-boca, em uma reunião de comissão do Legislativo, entre assessor do vereador Pastor Evandro com o vereador Tiquinho Nogueira (PDT), ambos os edis são da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O vereador do PDT que é membro da CCJ, foi acusado pelo assessor parlamentar de dificultar a tramitação da PL dos Advogados. De imediato Tiquinho disse não iria dirigir a palavra ao assessor e sim ao vereador Pastor, esse ficou em silêncio durante a troca de acusações.
O clima entorno da votação da PL dos Advogados azedou após os resultados das eleições e das demissões de correligionários dos vereadores na Prefeitura. Com as derrotados dos candidatos do prefeito Rodrigo Hagge ficou visível no Legislativo o enfraquecimento do gestor municipal que não é mais candidato e provavelmente terá na eleição 2024 um candidato com poucas chances de vitória com a volta do PT.
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| Prefeito Hagge demite indicados de vereadores, mas poupa parentes dos edis (VEJA AQUI) |
Deixando claro aos eleitores do IDenuncias que a insistência dos vereadores Pastor Evandro e Manu Brandão na PL dos Advogados não significa que os edis estão envolvidos nas suspeitas de seus colegas vereadores sobre o tal suborno para aprovação do Projeto de Lei nº 021/2021 sobre “honorários advocatícios sucumbenciais” tão pouco os advogados da Prefeitura nessa acusações de bastidores. Mas o site segue apurando as suspeitas.
