Hagge ameaça retaliar vereadores que não votarem no mega-aumento na iluminação pública, mas recua

Prefeito de Itapetinga tentou retaliar vereadores que estão contra a nova taxação na iluminação pública, mas recuou após perceber que toda a banca governista está insatisfeita com arrocho na conta de luz.  

Proposta do prefeito Rodrigo Hagge de mega-aumento na taxa de Iluminação Pública, gera insatisfação de vereadores e põem em risco aprovação na Câmara de Itapetinga. 

Uma série de reuniões com vereadores da base aliada na Câmara de Itapetinga vem ocorrendo quase diariamente na Prefeitura Municipal. O foco, é o polêmico projeto de lei que altera a Contribuição de Iluminação Pública (CIP), se aprovado, deve provocar uma explosão de aumentos nas taxas de iluminação cobradas diretamente na conta de energia elétrica do consumidor da cidade.

Com previsão de aumento nas taxas de até 180%, e reajustes em comparação aos valores pagos atualmente, que deve ultrapassar 2.000%. Os vereadores andam receosos com a proposta do Prefeito Rodrigo Hagge (MDB), com temor de reflexos negativos dos aumentos na iluminação pública na próxima eleição municipal. 

Em reunião com Hagge, Vereador Pastor Evandro diz 'não' ao mega-aumento na luz e complica aprovação na Câmara (VEJA AQUI)

Diante da resistência de vereadores, o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), havia determinado a auxiliares que avalie eventuais retaliações, com revides as indicações de cargos que detêm na Prefeitura e também com a liberação de vantagens nas secretárias municipais a uma ala que foi considerada pelo chefe do Executivo de traidores.

Na quarta-feira (7) próxima do fim da tarde, o prefeito comunicou seus auxiliares próximos, o recou na ofensiva contra os tais traidores, no caso, os vereadores: Helder de Bandeira (PSC), Pastor Evandro (PSD), Tuca da Civil (republicano) e o líder do prefeito na Câmara, Eliomar Barreira/MDB, o Tarugão, que declararam ser contra o mega-aumento e que não votariam no projeto de lei do Executivo.

O motivo do recuou de Rodrigo Hagge, está ligado ao fato que existe na Câmara, o julgamento das contas rejeitadas pelo TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) que requer 10 votos para derrubar a decisão do órgão fiscalizador do Estado, e após constatar que não são apenas os quatro vereadores governistas que estão resistindo à proposta do mega-aumento na iluminação pública, mas toda base aliada de vereadores que veem na PL da CIP, uma derrocada nas urnas de 2024, se aprovarem na Câmara. 

Essa é primeira vez que o jovem prefeito encara uma insatisfação generalizada da base aliada com forte residência a sua proposta de sacrificar a população com reajustes na iluminação pública considerada pela oposição de abusiva. 

Vereadores do prefeito alinham a oposição contra explosão de aumentos na taxa de iluminação pública (VEJA AQUI)

O relacionamento da Prefeitura com vereadores governistas deteriorou nas últimas horas, de tal maneira, que não dá mais para afirmar se os vereadores: João de Deus (MDB), Manu Brandão (MDB), Anderson da Nova (União Brasil) e Gêge do Sindicato, continuaram a seguir o prefeito Rodrigo Hagge na inusitada jornada de “ferrar” a população de Itapetinga. 

Sobre os demais vereadores da base aliada sobre uma possível aprovação na PL da CIP, estão encurralados os suplentes de vereadores Carlão de Palmares/ MDB [suplente de Luciano Almeida) e Juscelino Gomes/PSC [suplente Neto Ferraz], se declararem voto contra a Contribuição da Iluminação Pública, o prefeito pode ordenar o retorno dos vereadores titulares para Câmara. 

Assalto ao bolso: aumento na iluminação pública do prefeito Hagge terá alíquota de cobrança de até 180% (VEJA AQUI)

Mas entre os titulares de vereadores a defensor do mega-reajuste na luz pública, o Adelino Fonseca/MDB, o Peto, que vem declarando nos corredores do Legislativo que votaria em todos os aumentos proposto pelo prefeito, “sou Rodrigo Hagge”, declara o vereador emedebista, que é suspeito de empregar vários parentes na Prefeitura.