Superfaturamento na Prefeitura e fraudes na Câmara: os crimes que o MP de Itapetinga finge não vê

Superfaturamento na Prefeitura e fraudes na Câmara: os crimes que o MP de Itapetinga finge não vê

Ministério Público de Itapetinga silencia sobre superfaturamento de contratos na Prefeitura, e calam sobre votações fraudulentas na Câmara que dão vantagens a vereadores.

Superfaturamento na Prefeitura e fraudes na Câmara: os crimes que o MP de Itapetinga finge não vê
Ministério Público de Itapetinga silencia sobre crimes cometidos por gestões na Câmara e Prefeitura de Itapetinga.

Nas busca de um Augusto Aras, o então chefe da Procuradoria-geral da Republica, que fez da PGR uma mera extensão do Palácio do Planalto no acobertamento dos crimes do governo ex-presidente Jair Bolsonaro. Itapetinga já pode dizer que tem seus “Aras” da vida, quando vislumbra crimes aberrantes cometidos pelo atual prefeito Rodrigo Hagge (MDB), e pelos presidentes da Câmara que decidiram fraudar leis para aprovar vantagens e acobertar corrupção do Executivo.

Taxados no passado não tão distante como intocáveis. A figura do promotor público era vista pelos próprios membros do judiciário com Deuses. Um cidadão que decidia criticar uma dessas figuras do judiciário brasileiro era ameaçado de prisão. Mas tudo mudou com aprovação de uma lei e com endurecimento dos Conselhos do judiciário e Ministério Público, em especial, do CNJ que começou a punir abusos de poderes dessas figuras antagônicas.

Em Itapetinga, quando IDenuncias revelou os casos de laranjas e rachadinhas na Câmara de Itapetinga, o promotor público Gean Carlos Leão decidiu arquivar os crimes dos vereadores, mesmo, esse crimes sendo expostos em publicações revelando cada laranja de parlamentares no esquema de rateio do dinheiro público.

O site de denuncias foi alvo de criticas de radialistas e blogueiros despreparados que afirmavam que o IDenuncias estava atacando o Ministério Público de Itapetinga, ao cobrar providência na apuração dos crimes cometidos por  parlamentares itapetinguenses. O promotor público Gean Carlos Leão havia afirmado que o site era anônimo e não poderia seguir com apuração, pois a constituição não permitia o tal anonimato alegado. Na época os membros do Ministério Público evitaram imprensa se mantiveram em silêncio sobre o esquema de laranjas e rachadinhas na Câmara de Itapetinga. 

Como tudo é questão de tempo para mais uma “merda” acontecer, os promotores público de Itapetinga retornaram do recesso do MP sem incomodar o prefeito Rodrigo Hagge, sobre as suspeitas que recai sob um contrato milionário que ficou em vigor da Prefeitura com uma empresa de Itabuna por um ano, que inicialmente custaria R$ 25 milhões para trocas de lâmpadas, e após o fim do contrato a mesma empresa foi recontratada para o mesmo serviço no valor de R$ 10 milhões, um abatimento inexplicável de R$ 15 milhões em um intervalo de 365 dias.

Contrato de R$ 25 milhões da Prefeitura de Itapetinga para troca de Lâmpadas vira $10 milhões em nova contratação
Contrato de R$ 25 milhões da Prefeitura de Itapetinga para troca de Lâmpadas vira $10 milhões em nova contratação (VEJA AQUI)

A suspeita de corrupção na Prefeitura é apenas a ponta de um iceberg que faz o Ministério Público de Itapetinga andar sobre uma fina camada de gelo. Se os crimes na Prefeitura de Itapetinga esta sendo jogado para debaixo do tapete, o que dirá com os da Câmara de Vereadores.

A Câmara de Itapetinga há muito tempo virou uma Casa de prostituição política, onde cargos e vantagens são explicitamente ofertados pelo Poder Executivo em troca do silêncio prevaricativo dos vereadores. E isso, faz surgir absurdos como acobertar todas as suspeitas corruptas da administração Rodrigo Hagge em uma votações sigilosas.

As votações secretas no julgamento das contas públicas do prefeito Rodrigo Hagge dos exercícios 2018 e 2019, é uma crime gritante diante a Emenda 76 da Constituição Federal que não mais permite voto secreto em Casas Legislativas. Porém o Ministério Público de Itapetinga finge não ver que os vereadores estão forjando pareceres com conteúdo mentirosos com intenção de derrubar decisões técnicas dos conselheiros do Tribunal de Contas (TCM). 

Com 'trem da alegria', vereadores de Itapetinga terão férias de 120 dias
Com 'trem da alegria', vereadores de Itapetinga terão férias de 120 dias (VEJA AQUI)

Isso sob o nariz de um Ministério Público paralisado e inoperante diante fatos que permite que o Legislativo Municipal de Itapetinga apronte a tal ponto que derrubem as próprias leis para aprovar benefícios nos salários dos vereadores. Como as férias que foram aprovadas em uma votação relâmpago, no qual, a lei não permite tal velocidade de aprovação. 

Na resta dúvidas, que o Ministério Público de Itapetinga acaba sendo conivente com os crimes dos poderes municipais. Afinal, os promotores de justiça são agentes públicos bem remunerados para cumprirem único dever de estado, que os cabem: investigar os malfeitos de agentes políticos. Nem isso, o MP de Itapetinga esta sendo capaz. Isso é ensurdecedor!