Projeto 'meus vereadores' do prefeito Rodrigo Hagge envolve ameaça de demissão a indicados de aliados na Câmara com cargos na Prefeitura.
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| Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge no plenário da Câmara de Vereadores na abertura dos trabalhos legislativo 2023. |
Está em andamento nos bastidores do poder de Itapetinga um plano prá-la esdrúxulo e incomum na política local, que consiste em eliminar nas urnas, vereadores aliados, para eleger no ano que vem os parlamentares favoritos do prefeito Rodrigo Hagge (MDB).
Na Câmara de Vereadores o assunto é dominante. Nas ruas, o projeto de poder “meus vereadores” do prefeito Hagge é visto com ceticismo por não acreditarem que tal sacanagem política é possível. Se você é tão cético ao achar que isso é um delírio do IDenuncias, então pergunte a um dos vereadores aliado do prefeito de Itapetinga, em 'off'.
Com data para deixar a Prefeitura de Itapetinga, em 31 de dezembro/2024, o atual prefeito surpreende ao articular no poder municipal a escolha pessoal de candidatos a vereadores que possa representa-lo depois do término do seu mandato.
Para isso, Rodrigo Hagge planeja elege uma bancada de vereadores para ser chamada de ‘seu’. Nos planos do prefeito o envolvimento de dois vereadores com mandatos, além de secretários municipais e cargos de segundo escalão na Prefeitura como candidatos exclusivos do chefão do Executivo.
A jogada do atual prefeito de Itapetinga é ter figuras políticas da confiança pessoal no Legislativo Municipal que possa impedir uma possível manutenção de suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM), em julgamento na Câmara, o que poderia torna-lo inelegível por oito anos. Podendo ficar de fora de até três eleições consecutivas a depender da data de julgamento no Legislativo. E claro, colocar ainda “seus vereadores” para defendê-lo de possíveis ataques de irregularidades cometidos na gestão gabiraba, ou saruê.
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| Com suspeitas de irregularidades, contas 2020 do Prefeito Hagge vai a julgamento no TCM (VEJA AQUI) |
Diante do projeto Hagge a bancada de aliados no Legislativo não ficou nada satisfeita, mas são obrigados a engolirem secos por temerem perda de cargos de confiança de correligionários na Prefeitura.
A reação incomum da maioria da base aliada na Câmara demonstra excesso de confiança de vereadores que não acredita que o prefeito ainda tenha força política para uma jogada ambiciosa de fazer uma bancada pessoal. Mesmo diante de relatos vindo de correligionários de parlamentares que acusa administração pública de está intimidando indicados de vereadores no Executivo a não se comprometerem com seus edis sob ameaças de demissões.
Na contraofensiva o alerta dos vereadores a seus correligionários com cargos na Prefeitura, de acatarem as ameaças de auxiliares do prefeito e fingirem de estarem com os candidatos a vereadores sugeridos pelo Executivo.
