Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge põem em prática escolha de seus candidatos a vereadores de confiança, com plano de expurgar parlamentares aliados.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) promove terceira dança das cadeiras na Câmara de vereadores. |
O gestor emedebista Rodrigo Hagge entrará para história das administrações públicas de Itapetinga não apenas com título de ‘pior’ prefeito que já governou a cidade, mas também, aquele que promoveu a maior dança de cadeiras na Câmara de Vereadores ao levar para Prefeitura parlamentares a assumir posto de primeiro escalão abrindo vaga no legislativo para até 2º suplente de vereador.
O anúncio oficializado na quinta-feira (10) pelo próprio prefeito Hagge de mudança na sua equipe de primeiro escalão, justifica "melhoria no serviço público para um melhor andamento da gestão e o bem do itapetinguense". Mas na verdade se trata de manobras para eleger uma bancada de vereadores de sua alta confiança.
O prefeito emedebista leva a vereadora do MDB Manu Brandão para Secretaria de Ação Social, com sua vaga aberta na Câmara entrar o 2º suplente da legenda na eleição 2020, o vereador suplente Alex Sandro Dutra Santos, conhecido como Lekão (MDB).
A movimentação do prefeito Hagge (MDB) é parte de um jogo para eleger no próximo ano uma bancada de vereadores de confiança. O prefeito sabe da gigantesca dificuldade de fazer seu sucessor com avanço da pré-candidatura da ex-primeira-dama Cida Moura. Para isso, planeja eleger uma bancada para ser chamada de sua e evitar ser ‘inelegível’ já que boa parte de sua contas públicas que vierem ser rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM), irão a julgamento na Câmara na próxima legislatura 2025/2028.
Para Rodrigo Hagge evitar revés e sofre com ilegibilidade fora do poder em uma nova composição na Câmara de Itapetinga, ele terá que eleger uma bancada de sete vereadores leais e fiéis ao extremo, que não sejam capazes de serem corrompidos pelas tentações de cargos e vantagens ofertados por uma nova administração Executiva. Mesmo com minoria no Legislativo ele teria força de plenário para evitar a confirmação de sua contas rejeitadas que o tronaria inelegível por 8 anos.
Com Manu Brandão (MDB) na Secretária de Ação Social a única beneficiaria pela nova função social seria ela mesma, assim como, o vereador licenciado Luciano Almeida (MDB), que comanda a pasta do Meio Ambiente, de onde faz uso eleitoreiro. As demais apostas do prefeito devem vim do gabirabismo raiz.
Manu é vista como plano 'B' dos gabirabas em eventual vice na chapa emedebista a prefeito para contrapor na eleição possível chapa petista encabeçada pela ex-primeira-dama Cida Moura.
Os vereadores emedebista Lekão e Carlão de Palmares poderia ser os próximos homens de confiança em caso de conquista de uma vaga na Câmara. Os demais candidatos à vaga de vereadores sairiam das secretarias municipais e de cargos de confianças de foro intimido do prefeito Rodrigo Hagge.
Já os atuais vereadores do MDB Adelino Fonseca, o Peto e Eliomar Barreira, o Tarugão e o presidente do Legislativo João de Deus, estão condenados a receberem extrema-unção do prefeito por não expirarem confiança onde o prefeito já prever o expurgo desse vereadores nas urnas. Mesmo assim, esses parlamentares mantem lealdade a um prefeito que os rejeitam.
É público e notório que Peto e Tarugão são cartas fora do baralho de Rodrigo Hagge, os planos do gestor não os incluem. O mesmo atinge o presidente do Legislativo João de Deus por promover candidatura a prefeito a revelia ao recusar agregar a pré-candidatura gabiraba Eduardo Hagge.
Para os demais vereadores da base aliada do prefeito Hagge na Câmara Municipal, um plano de derrota está em curso que incluem os parlamentares: Tuca da Civil (republicano), Helder de Bandeira (PSC), Valquirio Lima (PSD), Anderson da Nova (União Brasil), suplente Juscelino Gomes (PSC) e Pastor Evandro (PSD). A missão é asfixia-los ao máximo com manobras nas redes sociais articuladas dentro da Prefeitura que deve atingi-los com desgaste político.
O vereador Gêge do Sindicato (PSB) aliado do prefeito que no pleito passado foi eleito próximo de 250 votos, é tido como homem de confiança de Hagge no distrito de Bandeira do Colônia, mas também, não expira confiança, por ter traído seu colegas de sindicato após sentar na cadeira de vereador. Se ele foi capaz de trair, o fará novamente em caso de retorno ao legislativo em uma eventual gestão Cida Moura.
Gêge é hoje, usado pelos gabirabas como instrumento para derrotar seu concorrente no distrito, o vereador Helder de Bandeira que na eleição teve próximo de 1 mil votos vindos esmagadoramente das urnas do distrito. O sindicalista precisará tomar votos de Helder para reduzir chances de reeleição do seu principal concorrente, o que pode levar Bandeira do Colônia a não ter nenhum assento na Câmara Municipal em 2025.
Os vereadores Helder de Bandeira e Tuca da Civil são desafetos do governo municipal por serem responsáveis pela não aprovação na Câmara do projeto de lei do prefeito Rodrigo Hagge de mega-aumento nas taxa de iluminação pública, caso, fosse aprovado tornaria a iluminação pública de Itapetinga a mais cara da Bahia.
Outro vereador que está na mira do prefeito é o coordenador da Comutran Neto Ferraz, licenciado da Câmara para assumir o posto chefe do trânsito de Itapetinga. Neto está no comando da autarquia pública não por simpatia do prefeito, ele assumiu o cargo no Executivo por manobra eleitoreira de fazer o vereador desistir de apoiar a candidatura a deputado estadual de Katia Bacelar (PL) para dedicar a escolha de Rodrigo Hagge, o deputado Pedro Tavares (União Brasil) na eleição passada.
Troca-troca de vereadores sinaliza que Hagge é um prefeito varejista e de pouca garantia de votos (VEJA AQUI) |
Até o momento o prefeito de Itapetinga promoveu três trocas de cadeiras na Câmara, com vereadores emedebista Luciano Almeida indo para secretaria de Meio Ambiente, na vaga, entrou o 1º suplente do MDB Carlão de Palmares. No PSC, saiu Neto Ferraz para Comutran e entrou o 1º suplente Juscelino Gomes. Agora, com a saída de Manu Brandão para Ação Social entra o 2º suplente do MDB Lekão.
No balançar das cadeiras na Câmara de Itapetinga o prefeito Rodrigo Hagge joga sem pensar em consequências futuras. A alta confiança que seu plano vai dá certo o cega diante uma realidade negativa que ele mesmo plantou na sua gestão administrativa de inoperância a corrupção, fato, que fortaleceu a oposição com ascensão da ex-primeira-dama de Itapetinga.
O prefeito de Itapetinga escolhe os seus vereadores de confiança hoje, para não ser devorado por seus aliados amanhã. Ao fazer isso, terá que rezar para seu plano dê certo, caso contrário, será jantado por aqueles que o bajula de ‘meu prefeito’, hoje.