Ao apostar na candidatura Eduardo Hagge, o prefeito Rodrigo Hagge abreu feridas entre aliados, e hoje, sofre isolamento após decisão do governador da Bahia.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) e seu tio, o pecuarista Eduardo Hagge (MDB). |
Na engenharia civil um erro de execução pode fazer desmoronar toda estrutura sobre a cabeça. Na política, não é diferente, basta, uma jogada errada para arruinar planos e projetos futuros sem garantias do perdão.
E é exatamente, isso, que ocorre na política de Itapetinga, quando o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), decidiu apostar no seu próprio tio como candidato a sua sucessão sem antes avaliar os prós e contras a um projeto pessoal de poder.
Ao impor Eduardo Hagge, o ‘zero um’ do ex-prefeito Michel Hagge (MDB), como candidato a prefeito na eleição do ano que vem, Rodrigo Hagge ignorou aliança política MDB/União Brasil responsável pelas suas eleições em 2016/2020, com sarcasmo desprezo ao vice-prefeito Renan Pereira (União Brasil), sucessor natural, para levar a frente à candidatura do seu ‘tio’.
Horas antes que antecedia o ato de inauguração do novo complexo esportivo de Itapetinga pelo governador da Bahia Jerônimo Rodrigues, o prefeito Hagge mantinha esperança que seu plano de poder com Eduardo Hagge na Prefeitura poderia dá certo após sucessivas investidas dos irmãos emedebistas Geddel e Lúcio Vieira Lima para que o governador desistisse de Cida Moura é apoiasse seu ‘tio’.
A surreal proposta do maleiro Geddel para evitar eventual derrota dos Hagges (VEJA AQUI) |
Uma esperança desmoronada após o próprio prefeito Hagge vê a chegada triunfal daquela que será sua algoz na corrida pela Prefeitura de Itapetinga. O governador havia ignorado os apelos dos Vieira Lima e do prefeito Hagge e abraçou a candidatura da ex-primeira-dama com recados diretos ao aparecer em palco de inauguração de mãos dadas com Cida Moura. Era a resposta do governador Jerônimo aos políticos do MDB.
Com decisão do governante baiano de apoiar Cida Moura em Itapetinga, Rodrigo Hagge que havia provocado à fúria do ex-prefeito José Otávio Curvelo e do vice-prefeito Renan Pereira, ambos do União Brasil, para investir em Eduardo Hagge deixa uma ambiente governista local cercado de animosidade e muito rancor pelo desprezo do prefeito a aliança política para dedicar com exclusividade em um projeto político que não deu certo.
Agora, parece que a fatura pelos erros políticos do prefeito de Itapetinga começa chegar e serem pagas em dolorosas prestações. Sem apoio do governador a candidatura Eduardo Hagge serviria apenas para disputa e não para vitória em um jogo que o próprio tio de Rodrigo Hagge não toparia, já que gabirabas só, não faz eleição.
Com desistência de Eduardo Hagge, candidatura a prefeito cairia no colo do vice-prefeito Renan Pereira, sobre uma interrogação se o decano da política de Itapetinga topará diante pesquisas que aponta vitória da oposição sob liderança de Cida Moura.
Os recados do governador da Bahia a Geddel e Hagge ao andar de mãos dadas com Cida Moura (VEJA AQUI) |
Sem bons nomes, prefeito Hagge recorrerá a seus secretários municipais para o sacrifício eleitoral. E um dos nomes a candidatura a prefeito poderia vim da ação social que seria da vereadora Manu Brandão (MDB), mas com outra interrogação, se a vereadora deixaria uma reeleição favorável a Câmara de Itapetinga para abraçar uma aventura executiva.
O isolamento político de Rodrigo Hagge é gritante. Ao jogar, jogou mal, e abriu feridas entre aliados. Se haverá anticépticos para curar as lesões provocadas pela vaidade do prefeito só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa, se tudo dê errado, ele fará o que o ex-prefeito José Carlos Moura (PT) fez, de não apoiar ninguém na eleição e assistir de tudo camarote.