João de Deus autoriza empresa a hackear funcionários da Câmara de Itapetinga

João de Deus autoriza empresa a hackear funcionários da Câmara de Itapetinga

Presidente da Câmara de Itapetinga é suspeito de monitorar contas bancarias e sociais dos servidores do legislativo municipal na busca pelo site IDenuncias.

Suposto racker é contratado pelo próprio presidente João de Deus da Silva Filho (MDB), para prestar serviços de informática a Câmara de Itapetinga.

Uma história surreal no coração da Câmara Municipal de Itapetinga ganha trama conspiratório ao levar uma Casa de Leis a contratar um racker para atos criminosos de invasão a computadores acessados por funcionários do poder legislativo.

Segundo colaboradores que colheu informações no bastidor do poder legislativo, o plano de hackear o funcionalismo da Casa teria sido arquitetado pela Mesa Diretora a mando do presidente da Câmara Municipal João de Deus da Silva Filho (MDB), sob anuência de parte dos vereadores do Legislativo para descobrir um suposto, ou suposta informante do site IDenuncias.com.

O site de denuncias ganhou notoriedade na região baiana por revelar esquema de vantagens e corrupção nos poderes públicos municipais de Itapetinga envolvendo vereadores e prefeito. Como não há possibilidade de identificar seus redatores para possível oferta de suborno ao IDenuncias, no famosos 'arrego a mídia’, uma espécie de compra do silêncio, o tal suborno do site se tornou uma missão impossível por político. Por essa razão que iniciou na Câmara a caça ao site antes da eleição municipal, mesmo que para isso envolva mecanismos ilegais.

Suposto racker de servidores é contratado pelo próprio presidente João de Deus da Silva Filho (MDB), para prestar serviços de informática a Câmara Municipal de Itapetinga. diz vereador

A revolta do funcionalismo da Câmara de Itapetinga ao saber que estão sendo vigiados, logo, ganhou grupos de WhatsApp na noite da quinta-feira, 9, sob protesto que estaria sendo monitorados pelo legislativo municipal ao acessar computadores da Casa, com possível acesso às contas bancarias e sociais de compartilhamento de  fotos intimas e familiares dos servidores.

Na manhã da sexta-feira, 10/11, parte dos vereadores ignoravam a repercussão interna e fora da Câmara Municipal sobre o hackeamento dos computadores de seus próprios gabinetes parlamentares, assim como, os dos servidores efetivos.

A falta de interesse de vereadores na trama do hacker evidenciava que muitos vereadores estão cientes no esquema de monitoramento da vida privada do funcionalismo que incluiu os próprios assessores parlamentares de confiança dos vereadores.

Detectado inicialmente no gabinete do vereador Eliomar Barreira, o Tarugão, por assessores parlamentares, tão logo a notícia de computadores hackeados se espalhou e ganhou os corredores da Casa Legislativa sob avisos para ninguém acessar contas socais e muito menos contas bancarias nos computadores da Câmara Municipal.

Um alerta que apontou uma invasão autorizada pela presidência do Legislativo pela empresa Gilson Ladeia Alves Eireli responsável por implantar códigos de rastreamento através de IP, um espécie de identidade do computador, o que leva na prática o operador dos códigos a ter acesso a qualquer conta de banco e plataformas sociais com senha, ou saber em que site navegou os servidores, como também,  documentação redigido em determinado computado de gabinete e secretária administrativa do legislativo onde foram acessados.

Mas como todo o esquema na Câmara Municipal acaba em ação tabajara, os descuidos de vereadores superou a própria burrice quando topou aceitar o hackeamento do funcionalismo ao deixar um rastro de evidencias em dados despejados em um servidor desconhecido, já que na Câmara de Itapetinga não existe servidor central para armazenamentos.

A empresa contratada para hackear computadores do legislativo a Gilson Ladeia Alves Eireli que curiosamente sofreu inexplicável reajuste nos valores de prestação de serviços em intervalos de semanas entre a gestão Valquirio Lima (PSD) de R$ 26 mil para R$ 41 mil na atual gestão legislativa João de Deus anda cumprindo determinações que fogem as cláusulas contratuais de prestação de serviços ao legislativo municipal.

Informações vindas da empresa de serviços prestados Gilson Ladeia Alves Eireli, ao tentar se justificar sobre acusações de hackear funcionários, o próprio empresário se esquiva sobre monitoramento de dados do funcionalismo ao ponto de afirmar que seria por exigências da empresa HN Informática de Itapetinga que havia determinado o recolhimento de IPs dos computadores de gabinetes e da administração para melhorar a transmissão da Internet no Legislativo.

HN Informática é principal fornecedora da internet para Câmara Municipal de Itapetinga, e segundo informações a empresa não hospeda dados do Legislativo em seus servidores.

A empresa Gilson Ladeia Alves Eireli presta serviços há anos a Câmara de Itapetinga e jamais se envolveu em quaisquer irregularidades em prestação de serviços em várias gestões legislativas. Isso, até a gestão João de Deus.

João de Deus, um perigoso presidente na Câmara de Itapetinga (VEJA AQUI)

A colaboradores do IDenuncias, vereador da base governista chego afirmar que suposto racker de contas servidores é contratado pelo próprio presidente João de Deus da Silva Filho (MDB), para prestar serviços de informática a Câmara Municipal de Itapetinga e não teria qualquer envolvimento em caso de hacker. 

Neste exato momento, é difícil não atribuir a reponsabilidade do hackeamento das informações de servidores da Câmara de Itapetinga ao presidente João de Deus, já que seria impossível uma empresa prestadora de serviços tomar iniciativa própria se não houvesse uma autorização expressa do chefe do Legislativo Municipal.