Eleição na Câmara de Vereadores vira campo minando para os Hagge

Eleição na Câmara de Vereadores vira campo minando para os Hagge

Disputa entre vereadores do MDB pela cadeira de presidente de Câmara pode por em xeque a governabilidade e a eleição 2026 para os Hagge.

Eleição na Câmara de Vereadores vira campo minando para os Hagge
Intervenção dos Hagge na eleição a presidente da Câmara de Itapetinga poderá provocar racha na base aliada. 

O resultado da união da oposição em Itapetinga na eleição municipal trouxe mais equilíbrio ao jogo de poderes na Câmara de Itapetinga. De uma bancada de apenas 3 opositores no plenário do legislativo para seis vereadores em 2025. Isso, mudou tudo.

O atual prefeito Rodrigo Hagge (MDB), surfou por oito anos na incapacidade da oposição de se organizar resultando na omissão de vereadores da oposição no Legislativo Municipal em reagirem aos malfeitos na gestão gabiraba 2.

Para controlar o Parlamento Municipal, o gestor Rodrigo Hagge havia embebedado vereadores com cargos na Prefeitura que os deixou embriagados e viciados em empregos a correligionários no poder. Um vício que deve passar por abstinência no próximo governo municipal. É esperado poucos cargos no Executivo aos vereadores da base aliada por temor de rejeição nas contas da futura gestão Eduardo Hagge pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM).

E a primeira dor de cabeça na gestão Eduardo Hagge passará pelo teste de fogo de fazer um presidente de Câmara aliado sem deixar cicatrizes e sem ameaça de ruptura, que em tese significaria adeus a governança do Tiozão.

Disputa entre Valquirão e Luciano Almeida a presidente da Câmara de Itapetinga gera temor de racha
Disputa entre Valquirão e Luciano Almeida a presidente da Câmara de Itapetinga gera temor de racha (VEJA AQUI)

Com nove vereadores governistas e seis opositores, qualquer decisão errada pode fritar os Hagge, tanto na administração quando no sonho de uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. E isso, deixa o atual e o próximo prefeito de Itapetinga em uma encruzilhada sem saber que direção tomar entre os candidatos do MDB a presidente de Câmara Valquirio Lima, o Valquirão e Luciano Almeida, ambos de mesma legenda.

Valquirão tem apoio da maioria dos opositores e parte de vereadores governistas onde aliados acreditam que será positivo para gestão Eduardo Hagge de uma Câmara menos retaliativa. Na outra ponta, Luciano Almeida pode leva consigo vereadores radioativos que podem fazer desmoronar qualquer possibilidade de um legislativo “paz e amor”, sobre incógnita de parlamentares novatos e reeleito adeptos ao bolsonarismo religioso e radical.  Caso, esses vereadores levem para o plenário a ideologia de direita, ‘bye, bye’ legislatura conciliadora em prol dos Hagge.

Na batalhar pela cadeira de presidente da Câmara de Itapetinga. Eduardo havia delegado a Rodrigo Hagge as negociações para uma nova Mesa Diretora do Legislativo. De cara o atual prefeito tomou partido em favor a Luciano Almeida, até descobrir que não daria para se envolver em uma disputa legislativa por ser candidato a deputado em 2026, retomando o abacaxi para o futuro prefeito Eduardo Hagge descascar a disputa fogo amigo.

Com trincheiras armadas em linhas amigas, porém, em lados opostos. Os candidatos a chefe legislativo deixam cada passo ao gabinete da presidência da Câmara de Itapetinga minada para os Hagge que em um simples passo errado poderá implodir a governabilidade e apoio de parlamentares a candidatura a deputado do atual prefeito se eles decidirem toma um lado na guerra interna de olho no preferido.

A partir de janeiro do próximo ano, Rodrigo Hagge estará fora da Prefeitura de Itapetinga, e sem a máquina pública nas mãos para barganhar sua candidatura a deputado. Ele vai depender exclusivamente do tio prefeito para oxigenar a corrida pelo legislativo estadual. Para isso, Eduardo Hagge precisará dos aliados vereadores para ajudá-lo na empreitada 2026 em favor do sobrinho. 

Pelo jeito, os Hagges terão que terem sabedoria na escolha, ou, darem uma de 'João Sem Braço' na eleição da Câmara de Itapetinga para não armarem uma arapuca contra eles mesmos.