Traições e afagos marca a disputa pela presidência da Câmara de Itapetinga

Traições e afagos marca a disputa pela presidência da Câmara de Itapetinga

 De seis candidatos a presidente da Câmara de Itapetinga apenas dois sobrevivem a corrida interna, os vereadores Luciano Almeida e Valquirio Lima. 

 

Traições e afagos marca a disputa pela presidência da Câmara de Itapetinga
Emedebistas Luciano Almeida e Valquirio Lima, o Valquirão resistem ao complicado jogo pela presidência da Câmara de Itapetinga.

A disputa pela presidência da Câmara de Itapetinga vai deixando um saldo de vereadores feridos pelo caminho. Da eleição até posse em 1 de janeiro de 2025, uma distância perigosa de 35 dias desenha um acirrado interesse pela cadeira de presidente no segundo maior poder do município de receita de mais de 10 milhões de reais por ano.

Na frenética corrida por votos de vereadores a presidente do legislativo municipal. De seis candidatos iniciais uma peneirada ajudou a vislumbrar as candidaturas emedebistas de Luciano Almeida e Valquírio Lima, o Valquirão.

No Game of Thrones itapetinguense pela presidência da Câmara, peneirada significa um chega pra lá com direito uma baita sacanagem daquele que prometeu o voto a presidente e que facilmente vira uma punhalada pelas costas. Como vereador não confia em vereador, o jogo do cinismo reina na sua plenitude quando um tenta golpear o outro até que uma oportunidade possa surgir com a presidência a cair no colo no chamado ‘0800’, que nesse caso é raríssimo de ocorrer.

Os primeiros feridos [candidatos] caíram na primeira tentativa, como o vereador eleito Pastor Jean Doriel (PL), que mal chegou a Câmara já queria sentar na poltrona principal, ao lançar candidatura a presidente. O novato tão logo percebeu que a eleição interna requer mais malandragem que fé.

Outra que caiu no conto do vigário parlamentar é a reeleita vereadora Manu Brandão (MDB), que em uma inusitada união com a opositora Sibele Nery (PT), fretou vereadores para se lançar candidata a presidente, mas encontrou resistência do seu próprio partido MDB, rachado em três concorrentes a chefe do legislativo.

Manu Brandão, recebeu a promessa de outro opositor Tiquinho Nogueira, que jurou levar nomes da oposição a sua candidatura. Um compromisso que o vereador do PSD não tem como cumprir, mas ajudou a elaborar um plano para atrair mais um parlamentar da oposição, a vereador Sol dos Animais. Por ela ser uma ativista social tentou convencê-la abraçar a causa de uma bancada feminina na Câmara de Itapetinga, mas tudo indica que a tal bancada das mulheres se tratava na verdade de uma cilada para atrair o voto da ativista em prol de Brandão. Rumores afirmam que Sol não caiu na arapuca das vereadoras do MDB e PT.

Eliomar Barreira, o Tarugão é outro que caiu na primeira batalha sem qualquer resistência. Por estar próximo de Eduardo Hagge na eleição achou que seu nome seria lançado a presidente da Câmara por determinação do prefeito eleito. Eduardo afirmou que o apoiaria, mas ele teria que correr atrás de votos de vereadores. O desânimo do parlamentar de três mandatos indo para o quarto, está na consequência de ele ser o vereador mais rejeitado do Parlamento entre todos os eleitos, fato, que inviabilizou sua candidatura. Furioso, taxou Eduardo Hagge de ingrato ao afirmar que ele teria sido responsável pelo lançamento da candidatura do novo prefeito de Itapetinga. Falácias que chegou rapidamente aos ouvidos dos Hagge que estão na bronca com Tarugão. O Parlamentar desistiu de concorrer o cargo de chefe do legislativo municipal por não ter votos de colegas de Parlamento.

O vereador Neto Ferraz (PDT) até tentou corre atrás de votos para presidente da Câmara, mas tudo indica que a falta de traquejo em lidar com colegas vereadores deixou a desejar, fato, que inviabilizou sua candidatura. Segundo fontes interna do legislativo é nome forte a presidente em 2027 se acertar o apoio em uma aliança interna.

Eleição na Câmara de Vereadores vira campo minando para os Hagge
Eleição na Câmara de Vereadores vira campo minando para os Hagge (VEJA AQUI)

Entre feridos, os sobreviventes ilesos até aqui, Valquirão e Luciano Almeida costuram os retalhos e juntam os cacos espalhados pelos corredores dos poderes em uma disputa pragmática que requer mais que um simples afago ou apertos mãos. Tem que ter experiência de articulação para chega na cadeira de presidente é o único que preenche os requisitos é Valquirão, mas isso não significa que já ganhou, a muitas pedras pelo caminho e um alvo nas costas do vereador de quatro mandatos pronto para uma próxima punhalada.

Já Luciano Almeida dependerá exclusivamente de uma interferência do prefeito Eduardo Hagge para chegá-la. Como o prefeito eleito prometeu não interferir na eleição da Câmara por haver aliados encabeçando a disputa, o quadro para Almeida, por enquanto, é desfavorável ao emedebista de dois mandatos e sem experiência de articulação.