Prefeito Eduardo Hagge e seus auxiliares se esforçaram para justificar a penúria dos 100 dias da gestão gabiraba 3.
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Equipe do governo municipal Eduardo Hagge nos 100 dias de administração. |
Colunistas do IDenuncias já haviam previsto o insatisfatório desempenho dos primeiros 100 dias da administração de Eduardo Hagge (MDB) à frente da Prefeitura de Itapetinga. A evidência disso foi apresentada durante a coletiva de imprensa no auditório da Coopardo, na manhã de segunda-feira, dia 7. Nesse evento, o prefeito tentou fazer um balanço de sua gestão, onde, promessas viraram ações e as ações, uma aula prática de distorção e mentira.
Em um auditório cheio de servidores em cargos de confiança da Prefeitura Municipal, o prefeito de Itapetinga buscou dar uma nova cara à sua administração ao apresentar ações administrativas do dia a dia como se fossem conquistas do seu governo.
Em um verdadeiro tour de force da auto-promoção, Eduardo Hagge conseguiu transformar o óbvio, recolher lixo e entulho, fazer meia dúzia de remendos na Educação e Saúde com verbas federais e transformar isso, em um ‘marco histórico’ dos seus 100 dias de gestão. Quanta ousadia! Quem diria que cumprir o mínimo e com ajuda federal renderia tanto discurso triunfalista? Parece que, no governo Hagge, até um buraco tapado vira ‘obra monumental’.
Mas a joia da coroa ainda estava por vir. E não, não era o caminhão de promessas (ou seria de ilusões?) que o prefeito jogou sobre os caminhos da ‘transformação’ de Itapetinga. O verdadeiro espetáculo foi a defesa apaixonada e criativamente revisionista que Eduardo Hagge fez da gestão da primeira-dama na Secretaria de Ação Social. Entre elogios que beiram a fantasia e fatos que ganharam uma ‘repaginada’, o prefeito provou que, no governo dele, até a realidade é uma mentira.
Em um momento digno de novela das seis, o prefeito de Itapetinga conseguiu a proeza de fazer a primeira-dama ‘derramar lágrimas’ ao relembrar as cruéis críticas de nepotismo por tê-la nomeado secretária. Que sofrimento, não? Mas, vejam só, ele acertou na escolha! Afinal, quem melhor para ‘transformar’ a assistência social do que a própria esposa?
E que transformação é essa, você pergunta? Bom, os números falam por si: enquanto os carentes esperam por ajuda, o drama familiar dos Hagge rouba a cena. Quem precisa de políticas públicas quando se tem um enredo emocionante de ‘ela sofre, ele defende, e o erário paga a conta’?
Eduardo Hagge, em um ato de transparência seletiva digno de Oscar, convenientemente esqueceu de explicar os pequenos detalhes da gestão de Zezé Hagge na pasta social. Que coisa, não? Afinal, quem não acredita que contratar um Personal Trainer de R$ 7 mil da primeira-dama e ainda paga altos salários a turminha amiga é, claramente, uma medida humanitária urgente? E que aumento triplo na folha de pagamento não é privilégio, é só… eficiência administrativa!
Os necessitados, é claro, devem ter ficado emocionados ao saber que, enquanto passam fome, o dinheiro da assistência social foi tão generosamente redistribuído… para os amigos, os bajuladores e, é claro, para quem cuida do shape da chefona. Prioridades, gente! Afinal, caridade começa em casa… e termina na conta bancária dos amigos e bajuladores da primeira-dama.
O prefeito de Itapetinga parece ter dominado a técnica do "agora vai" como ninguém, em uma espécie de deja vu administrativo, onde as promessas são requentadas, mas nenhuma obra pública sai do papel. Enquanto isso, sua equipe de secretários encena um verdadeiro reality show de gestão: todo mundo fala em "eficiência", mas, na prática, o que se vê é um imenso nada sendo maquiado de "obra em andamento". Se fosse um espetáculo de verdade, pelo menos o público presente teria direito a pipoca.
Eduardo Hagge estar derretendo na boca do povo, mas não é por promessas de obras. O primeiro fator do seu desgaste acelerado foi a rasteira magistral que deu no próprio sobrinho e padrinho político, Rodrigo Hagge em um movimento tão ousado que pode rachar de vez os 42 anos de hegemonia gabiraba na cidade. Afinal, nada une mais do que um inimigo comum, e nada destrói mais do que uma traição em família.
O segundo motivo? A lista de ex-aliados deixados fora do poder. Esses correligionários, antes fiéis soldados da campanha, agora estão munidos de redes sociais e mágoas profundas, eles estão alimentando a oposição com críticas que ecoam cada vez mais alto. A "Gestão Gabiraba 3" pode até ter começado com discurso de renovação, mas já mostra sinais de que herdou o pior do velho jeito de governar: concentrar poder, criar inimigos e achar que ninguém vai perceber.
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