Lula coloca espada sob as cabeças do Congresso Nacional ao vetar aumento de deputados

Veto de Lula coloca Congresso entre a insatisfação popular e a ganância dos políticos por mais poder.

Lula coloca a espada sob as cabeças do Congresso Nacional ao vetar aumento de deputados
Presidente Luis Inácio Lula da Silva veta projeto de lei sob aumento de deputados e senadores aprovado pelo Congresso Nacional. 

Um movimento calculista ou um reflexo da nova força política do Planalto? Enquanto o presidente Lula vive um momento de recuperação de popularidade, impulsionado pelo embate "Pobres vs. Ricos" e pela comoção nacional diante das ameaças de Trump contra a economia brasileira, o Congresso Nacional se vê encurralado. Na noite de quarta-feira, 16, Lula não apenas vetou o aumento de deputados e senadores, ele inverteu o jogo de poder. A espada que antes pairava sobre o Palácio do Planalto agora está suspensa sobre as cabeças dos parlamentares. E o recado é claro: "Quem ousar derrubar este veto, enfrentará a fúria de um país que já não suporta mais o custo da política."

A pesquisa Quaest não deixa dúvidas: 85% dos brasileiros rejeitam veementemente mais políticos sugando os cofres públicos. Mas o veto de Lula vai além do óbvio. É um movimento estratégico em meio a um cenário onde o presidente ganha musculatura popular. O ataque de Donald Trump, com a taxação de produtos brasileiros, uma retaliação que pode custar bilhões e gerar desemprego em massa, uniu o país em torno de uma causa comum. E, segundo o próprio presidente norte-americano, o motivo das sanções contra o país, é evitar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vá para cadeia por tentativa de golpe de Estado.

O projeto aprovado pelo Congresso aumentaria o número de deputados de 513 para 531, com um custo inicial de R$ 64,6 milhões por ano. Mas o verdadeiro estrago viria depois: um efeito dominó que multiplicaria vagas em assembleias estaduais e inflaria ainda mais o já insustentável orçamento das emendas parlamentares bilhões que deveriam ir para saúde e educação, mas que alimentam a máquina da politicagem.

Lula poderia ter deixado a decisão a cargo do presidente do Senado, David Alcolumbre (união Brasil), evitando o confronto direto. Mas escolheu o caminho da guerra. O veto não é apenas um gesto de austeridade; é uma jogada de xadrez. Se o Congresso o derrubar, assumirá o papel de vilão perante uma população que já os vê como defensor dos privilegiados. Se decidir manter o veto, Lula consolida sua imagem de defensor dos brasileiros contra mais privilégios de políticos.

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Enquanto a direita bolsonarista se enfraquece e o centrão perde espaço no discurso público, Lula se fortalece. Se os parlamentares insistirem no aumento, estarão cavando a própria cova política, alimentando o ódio popular que já queima as portas do Congresso nas redes sociais.

A espada está erguida. De quem será a cabeça que rolará? Só os dias, ou meses dirá.