Igreja desautoriza pastor a coletar assinaturas para o partido de Bolsonaro

Igreja desautoriza pastor a coletar assinaturas para o partido de Bolsonaro

A cúpula da Igreja Presbiteriana reagiu a  iniciativa de um pastor abrir o templo para coleta de assinaturas para o Aliança

Igreja desautoriza pastor a coletar assinaturas para o partido de Bolsonaro
Pastor Emerson Patriota, da Igreja Presbiteriana de Londrina, no PR, durante culto. Foto montagem IDenuncias.

A cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil reagiu após vim a publico, a iniciativa de um pastor presbiteriano em Londrina (PR) abrir a igreja para coletar assinaturas em prol da criação do partido do presidente Jair Bolsonaro.

A reação de descontentamento da cúpula da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), veio após o reverendo Emerson Patriota "desafiou" membros da Igreja Presbiteriana Central, no Norte do Paraná, a assinarem a lista de apoio à criação do Aliança pelo Brasil. O movimento foi organizado pelo deputado Filipe Barros (PSL-PR), aliado de Bolsonaro e membro da instituição.

À atitude do pastor evangélico bolsonarista foi parar nas redes sociais, que vieram carregados de criticas ofensivas. Fato, que levou a cúpula da Igreja a demonstrar contrariedade à articulação do pastor e do deputado aliado do Planalto.

Em nota divulgada (29), a Igreja Presbiteriana do Brasil afirmou que a instituição "não é apolítica" e tem um compromisso histórico com a democracia, que "em nenhum momento apresentou ou apresenta apoio a qualquer partido político." 

De acordo o Estado de S.Paulo, após o movimento de Londrina, a instituição foi pressionada para se posicionar oficialmente. Nos bastidores, conforme o site paulistano, a atitude do pastor no Paraná incomodou a cúpula da igreja.

"Em resolução de sua reunião ordinária em 1990, o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil orienta seus concílios em geral que evitem apoio ostensivo a partidos políticos e que as igrejas não cedam seus templos ou locais de culto a Deus para debates ou apresentações de cunho político", diz a nota.

A cúpula da igreja deixou claro, que a opinião pessoal de membros ou pastores não refletem o posicional oficial da instituição que sempre manterá apoia a democracia e jamais a exclusividade a qualquer partido politico.