Maioria do STF derruba anistia de Bolsonaro que inseta mortes na pandemia

Maioria do STF derruba anistia de Bolsonaro que inseta mortes na pandemia

Ministros do STF  formam maioria e derruba MP de Bolsonaro que livra agentes públicos de acusações por mortes na pandemia.


Maioria do STF derruba anistia de Bolsonaro que inseta mortes na pandemia
Presidente da republica Jair Bolsonaro (sem partido).


Em mais uma derrota ao presidente Jair Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal (STF), formou maioria para derrubar texto da Medida Provisória (MP) do governo que poderia livrar agentes públicos da responsabilidade pelas mortes de pessoas durante a pandemia do Covid-19.

A MP (Medida Provisória) foi vista pelos ministros da Corte, com uma blindagem futura de atos administrativos contrários a recomendações médicas e científicas, como vem adotando o presidente Bolsonaro, na pandemia e até exigindo uso de drogas capazes de abreviar vidas durante o tratamento do Covid-19.

Os ministros votaram para manter a previsão de que gestores públicos só devem responder nas esferas civil e administrativa da Justiça quando "agirem ou se omitirem com dolo ou erro grosseiro", como prevê a MP.

No entanto, definiram que, na aplicação da norma, devem ser incluídos no conceito de erro grosseiro medidas que não observem normas e critérios técnicos estabelecidos por autoridades sanitárias e organização de saúde do Brasil e do mundo.

Além disso, afirmaram que equívocos que violem os princípios constitucionais da precaução e da prevenção também devem ser considerados “erros grosseiros” aptos de responsabilização por crime.

Já votaram os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen Lúcia se posicionaram para dar interpretação conforme à Constituição à MP e impor essas balizas à aplicação da medida em caso de erros tensional. Aquele, que mesmo o gestor sabendo que errado toma medidas prejudiciais capaz de levar a morte cidadãos brasileiros.

A posição do STF é um tiro fatal nas pretensões do presidente da republica Jair Bolsonaro que vem desdenhado da crise viral, desde que sugeriu, trata a pandemia como se fosse uma “gripezinha ou resfriadinho”. Em números atuais, o Brasil aproxima dos 20 mil mortos. O presidente recomenda a brasileiros o retorno ao trabalho, enquanto governadores e prefeitos exigem o isolamento social como forma de proteger vidas e evitar o colapso do sistema de saúde.

O julgamento está em curso. Ainda faltam votar os ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Dias Toffoli.