Oposição espera o toma lá, dá cá de Hagge com vereadores eleitos para definir base na Câmara

Oposição espera o toma lá, dá cá de Hagge com vereadores eleitos para definir base na Câmara

Oposição de Itapetinga aguarda o jogo da barganha entre prefeito e vareadores eleitores aliados para definir base contra Hagge.


Oposição espera o toma lá, dá cá de Hagge com vereadores eleitos para definir base na Câmara
Na imagem, vereadores eleitos de oposição Tiquinho Nogueira (PDT), Gêge de Bandeira (PSB), Valdeir Chagas (PDT) e Sibele Nery (PT). 


Em Itapetinga, nos dias atuais, após o resultado da eleição, falar em quem será opositor ou governista na Câmara de Vereadores virou uma loteria de interesses particulares e tudo dependerá exclusivamente do “toma lá, dá cá” entre o prefeito e vereadores eleitos.   

Com os vereadores eleitos, Tiquinho Nogueira (PDT), Genison Nascimento (Gêge) PSB, Valdeir Chagas (PDT) e Sibele Nery (PT), já declarado opositores a segunda gestão do então prefeito Rodrigo Hagge (MDB), a Câmara Municipal de Itapetinga deve viver em compasso de espera para definir futura estratégia contra a administração emedebista, em 2021.

O que antes era ideológico virou jogo de interesses, e bota interesse nisso, quando uma Câmara só conhecerá sua verdadeira base de apoio contra ou a favor depois do lobby do prefeito Hagge, no famoso esquema do “toma-lá, dá cá”. 

Na oferta o prefeito de Itapetinga terá empregos na Prefeitura, além de vantagens, como por exemplo, maliciosas indicações de aliados políticos para as famosas licitações. Tudo em nome de uma base sólida na Câmara de Itapetinga que possa garantir as votações de projetos de leis do Poder Executivo.

Com aparente 11 vereadores eleitos na base do governo municipal, o prefeito terá que acomodar os apadrinhados dos parlamentares no Poder Executivo, em uma voraz disputa interna entre vereadores governistas por emprego na Prefeitura. Na guerra por cargos, Hagge enfrentará brigas internas entre vereadores, que poderá implodir a base de apoio levando alguns parlamentares a engrossa a fila opositora no município.

Em 2021, o prefeito Hagge espera uma enxurrada de pedidos de empregos de vereadores para correligionários, e terá que ter habilidades para agradar todos. Como não haverá vagas para todos e nem outra reeleição para Hagge, o prefeito poderá ignorar pedidos de vereadores sobre argumento que terá enxugar a folha de pagamento da Prefeitura, para não voltar a ter suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). As contas 2018, foram rejeitadas pelo TCM, por irregularidades e excesso de gastos com pessoal que ultrapassou o limite máximo da Lei de Responsabilidades Fiscal, que é de 54% elevando os gatos da folha em 63,52%.

Mas o argumento do prefeito Hagge poderá não ser mal entendido pelos vereadores eleitos, que fará cobranças excessivas por conta das promessas de emprego durante a campanha. 

Aí, entra a oposição que poderá lucrar sobre a negação do prefeito. Com base opositora bem inferior numericamente, porém, experiente, o jogo nos bastidores a indicativo que Hagge poderá perder em pouco tempo boa parte de seus aliados no Parlamento Municipal.