A inércia do prefeito Hagge diante mortes diárias por covid em Itapetinga

A inércia do prefeito Hagge diante mortes diárias por covid em Itapetinga

Com avanço de casos e mortes por covid, única medida restritiva vem do governador, enquanto prefeito de Itapetinga assiste sem reação cidadãos morrem por dia da doença. 

A inércia do prefeito Hagge diante mortes diárias por covid em Itapetinga
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), promoveu eventos e afrouxo medida restritivas no município. Agora, enfrenta aumento assustador de casos e mortes por covid-19.


Nas últimas duas semanas, relatos de mortes diárias de pessoas que perdem a vida para o coronavírus no município vêm assustando a população de Itapetinga. Fato que aparentemente não abala a gestão do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que assiste de camarote os filhos da terra serem aniquilados pelo vírus mortal a cada dia, sem reação de medidas que possa salvar vidas na pandemia.

Da sexta-feira 19/03, última atualização do boletim epidemiológico no site oficial da Prefeitura de Itapetinga, consta 90 óbitos e 3.735 casos acumulados da covid, com salto preocupante em comparação a do boletim lançado a imprensa de aliados na segunda-feira (22/03), 94 mortes e 3.827 casos. Em resumo, foi uma morte por dia e 94 infectados no período de quatro dias, mantendo média de 23 novos casos nas últimas 96 horas.   

A realidade trágica que Itapetinga vive na segunda onda da covid, tendo como alvo não só pessoas da terceira idade, mas também jovens, é o roteiro do descaso da gestão Hagge no enfretamento a pandemia. As medidas restritivas imposta no município são de iniciativa do governador da Bahia, que apenas busca frear os números de internações para paciente que evolui a quadro grave da doença, diante o colapso no sistema público e privado saúde com ocupação de leitos de UTIs, próximo dos 100% em todo Estado.

Em Itapetinga, não há até o momento medidas complementares a decretada pelo governador Rui Costa (PT), e muito menos de fiscalização que possa conter o avanço do vírus no município. A gestão Hagge resume apenas em espectador das cenas tétricas de famílias destroçadas pela dor e pelo luto, aos doentes sem leitos e muitos sem assistência, que vão inutilmente as emissoras de rádio local, denunciar o descaso.

E toda essa tragédia não foi por falta de aviso. Especialistas alertaram desde inicio do ano a possibilidade de uma segunda onda, ainda mais mortal, do novo coronavírus. Diante dos alertas, a gestão Hagge se comportou irresponsavelmente, permitido relaxamento de restrições com aglomerações em eventos no município, com direito a shows de boteco ao vivo em barzinhos da cidade. Agora, chegou a vez de pagar a conta, e seu valor é com vidas.