Na pandemia, a coragem de Rui é a covardia de Hagge em salvar vidas

Na pandemia, a coragem de Rui é a covardia de Hagge em salvar vidas

Enquanto governador Rui Costa segue com medidas restritivas severas, prefeito Hagge sofre apagão de ações no enfretamento da pandemia.  


Na pandemia, a coragem de Rui é a covardia de Hagge em salvar vidas
Governador Rui Costa toma as rédeas na pandemia para evitar o caos na saúde pública do Estado


Na maior pandemia do século, esforço, determinação e união são requisitos fundamentais na luta para sobrevivência da população em meio ao caos, imposto por um invisível inimigo chamado: ‘Covid-19’. E esta tarefa de salva vidas, geralmente fica a cargo de governantes e cientistas, essa figuras, tem papeis distinto, porém, único na preservação da vida humana.

E é neste momento, que a liderança de um governante faz toda a diferença. É o caso, do governador da Bahia Rui Costa (PT), governante da terra do descobrimento da nação Brasil, que desde março/2020 quando Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia global, o governador baiano não baixou a guarda e fez de tudo para preservar a vida da população do Estado. 

Rui, demostrou maturidade ao se aliar a um inimigo político, como o então prefeito de Salvador ACM Neto (DEM). Juntos, elaboraram estratégias de combate no enfretamento ao vírus letal, em meio a fúria de empresários e religiosos com medidas de distanciamento e isolamento social, que obrigou a fechar comércio e igrejas. 

O sucesso de ambos na “primeira onda” da Covid-19 foi recompensado com perdas de menos vidas. Mas aí, veio a “segunda onda”, a população não quis ouvir os alertas da ciência e muito menos de político governante. E o resultado, é o caos na saúde pública com leito de UTIs com taxa de ocupação próximo dos 90%, e sem vagas na ocupação para pacientes com sintoma da covid. O vírus e suas novas variantes está sem controle, batendo recordes de média de mortes diário no estado.

Na Bahia para ocupar um leito para pessoa doente com coronavírus é preciso ter alta de um paciente ou a morte de um deles. Diante do colapso na saúde pública, o governador foi obrigado a decretar medidas restritivas severas como ‘toque de recolher’ e ‘lockdown’.  

Diante caos, o que fez o prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), nesta trágica pandemia? A resposta para essa pergunta está nas ações do gestor emedebista desde a crise sanitária. No inicio da “primeira onda”, cumpriu o figurino e promoveu o distanciamento e isolamento social, com fecha tudo de comércio a igrejas. 

No inicio o vírus assustava e todos temiam perder a vida por vírus até então desconhecido, principalmente quando uma cidadã itapetinguense, gravida, havia morrido ao contrair a doença, por um milagre a criança sobreviveu. Essa seria a primeira das 84 vítimas fatais do coronavírus no município até o momento.

Rafaela da Silva de Jesus é a paciente mais jovem a morrer com coronavírus na Bahia
Rafaela da Silva de Jesus é a paciente mais jovem a morrer com coronavírus em Itapetinga e no Estado da Bahia.


Mas, com a aproximação da eleição municipal/2020 o prefeito Rodrigo Hagge, teve que abrir mão da segurança da população na pandemia, para dedicar a reeleição, e para isso, teve que promover concessões ao relaxar todas as medidas restritivas no município, mesmo diante aumento de casos da covid e mortes.       

A primeira barganha em troca de apoio político, foi com representantes da classe empresarial que aclamavam o fim das restrições de fechamento de comércio, com proposta dos empresários de adotar medidas de cuidados na pandemia como distanciamento socia, uso de máscara e álcool gel. A promessa dos empresários durou pouco tempo, boa parte do comércio mal exige o uso da máscara. Os empresários são beneficiados pela falta de fiscalização do órgão público, até os dias de hoje.

Então veio a segunda e inusitada barganha, e desta vez envolvia a fé, não em Deus, mas aos preciosos dízimos dos fieis evangélicos. Com pastores a beira da falência e prontos para fecharem seus templos, Rodrigo Hagge foi a salvação, ao jogar as favas, vidas e proteção da população em troca do apoio político a sua reeleição, no decretar de retorno presencial de fieis às igrejas em momento delicado, onde Itapetinga registrava 602 casos e 20 óbitos pela Covid-19. Hoje, são 3.631 casos e 84 mortes.

Hagge barganha com pastores na pandemia
Encontro do Prefeito de Itapetinga, Rodrigo Hagge com membros da associação de Pastores na segunda Igreja Batista no bairro Nova Itapetinga.

Além de vender vidas em troca de apoio político, Rodrigo Hagge saciou a incontrolável sede de pastores evangélicos, com projetos de leis encaminhados a Câmara de Vereadores doando terrenos públicos do município para construção de templos, na verdadeira citação bíblica do “dando que se recebe” por votos.

Durante corrida para reeleição, Hagge mostrou sua verdadeira face, ao promover uma campanha de aglomeração e de pouca valorização a vida, ao estilo Jair Bolsonaro. Logo na estreia, no evento do adesivaço de plotagem de carros com adesivos de campanha, o prefeito de Itapetinga sobe em cima de um carro de som, sem máscara e começa a dançar para seus apoiadores. Naquele dia, Itapetinga amanhecia com dados apontando 50 mortes. Enquanto Hagge sambava no alto de um carro, em poucas horas o município perdia mais um cidadão para o vírus, na triste marca de 51 vítimas.


Prefeito Hagge em campanha do adesivaço na pandemia
Com 51 mortes pela Covid em Itapetinga, prefeito Rodrigo Hagge provoca aglomeração com inicio de campanha eleitoral, com direito a dancinha em cima de carro de som.


Da conquista da reeleição nas urnas até o segundo mês de fevereiro/2021 de gestão, as ações de enfretamento de Rodrigo Hagge, na pandemia, beira o ridículo, sem nenhuma medida concreta do governante municipal para impedir o avanço de casos e mortes na cidade. Pelo contrário, Hagge motivou eventos com aglomerações, abandonou restrições de bares, lanchonetes e restaurantes e ainda permitiu showzinhos de boteco ao vivo com frequentadores sem máscaras e um próximos dos outros nos fins de semana. O preço da conta veio, e o valor a pagar foram com vidas e sofrimento dos novo infectados que ajudaram a espalhar o vírus entre amigos e familiares. 

Segundo Fonte, a inércia de Hagge na “segunda onda” esta atrelada a promessa com comerciantes e pastores evangélicos, em especial os digníssimos senhores da fé, que há três semanas exigiram do prefeito o não cumprimento das medidas restritivas decretadas pelo governador da Bahia. Hagge foi aconselhado por auxiliares a rejeitar as exigências dos religiosos, diante previsão do agravamento de casos e óbitos no município.

Incapaz de proteger a população na “Segunda onda” da covid, Hagge se quer, pega carona nas ações restritiva decretada pelo governador da Bahia, em complementar as medidas, no mínimo fiscalizadora. Que por sinal, a fiscalização está por conta da Policia Militar do Estado.

A paralisia de Rodrigo Hagge é o retrato de uma Itapetinga assustada que chora a cada dia os seus mortos na pandemia, por pura falta de ações concretas na cidade. A única salvação esta na coragem de um Governador rejeitado pela maioria dos cidadãos do município, enquanto o 'queridinho' dos itapetinguenses nas urnas se acovarda diante o caos epidêmico.