Com aumento de 100% de casos ativos, em 24 horas, Itapetinga enfrenta além da nova onda da covid, um surto de gripe e casos da chikungunya.
Itapetinga sofre com onda da covid, surto gripal e aumento de casos de dengue do mosquito transmissor da chikungunya. |
A vida que segue da população de Itapetinga após enchente natalina começa a deixar um rastro de doenças que até então eram controlada no período pré-pandemia. Como se não bastasse à nova onda de casos da Covid na cidade, ainda tem que viver com surto de gripe e com aumento significativo de casos da dengue de um mosquito transmissor da chikungunya que costuma deixar sequelas prolongadas.
Na segunda-feira (24), com números que diverge da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), Itapetinga registrou 144 casos ativos da Covid, enquanto a Saúde do estado publicou em seus dados oficiais 101 ativos da doença. Mesmo com disparate nos números, os dados revelam que a cidade enfrenta uma nova onda da covid, mas com diferencial em relação às ondas anteriores, com baixa mortalidade de pessoas infectadas com o vírus devido avanço da vacinação.
Com a Bahia atingindo ontem (24) quase 20 mil casos ativos da covid, com 18 óbitos, a Sesab anunciou a suspensão da visitação a pacientes em unidades hospitalares estaduais. De acordo com a Nota Técnica: "fica determinada a suspensão das visitas em todas as unidades de internação, sejam enfermarias ou em unidades fechadas como UTIs e Centro Cirúrgico por conta do aumento do número de casos de Covid-19 em toda Bahia".
A nova onda de casos da covid-19, está relacionado a variante Ômicron que se espalha rapidamente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de Ômicron dobram a cada 1,5 a 3 dias, com disseminação documentada. Alivio, é que a nova variante não é tão letal como se imaginava, principalmente em pacientes já imunizados, todas a vacinas tem eficácia alta a nova cepa.
Itapetinga volta a ter números preocupantes de casos ativos da Covid com média acima de 40 por dia (VEJA AQUI) |
Com havia publicado no domingo (23), o IDenuncia alertou que Itapetinga enfrentaria uma explosão de casos nos próximos dias, já que está programa para daqui três semanas o pico da transmissão do vírus, segundo especialistas. Com a população da cidade, abandonando medidas restritivas e uso de máscara esses números tende a agravar.
A preocupação com a covid é apenas uns dos problemas da população que vive com um surto de gripe algumas semanas, e agora, com uma explosão de caso de dengue, em sua maioria chegam as unidades hospitalares reclamando de terem contraído a chikungunya com fortes dores nas articulações, febre e muito cansaço. Especificamente a esta doença, as dores crônicas nas articulações pode durar por mais de 1 ano, perda do tônus muscular ou deformação nas articulações. Além disso, podem ocorrer danos no cérebro, dificultando a coordenação motora, o que pode prejudicar as atividades do dia a dia.
Após enchente, Itapetinga tem aumento de casos de gripe e dengue (VEJA AQUI) |
De acordo a reumatologista Cláudia Marques, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a infecção por esse vírus chikungunya tem três estágios possíveis. “Primeiramente, há o momento agudo, que dura 14 dias. Nesse momento, o paciente sente febre e dores articulares e surgem manchas no corpo”, introduz. “Passada a fase aguda, ele entra na subaguda, que se prolonga por três meses, e depois a crônica.”
Segundo a especialista, 30% dos pacientes que adoecem evoluem para o quadro crônico, com sintomas sem prazo para acabar.