Vereadores governistas vão ao prefeito Rodrigo Hagge, exigir freio nas propostas polêmicas da Prefeitura em plena eleição.
Prefeito Rodrigo Hagge (MDB) e vice Renan Pereira (União Brasil) na pose do vereador suplente Carlão de Palmares. Foto Câmara de Itapetinga. |
Vereadores incomodados com uma pauta de votação explosiva na Câmara Municipal de Itapetinga decidiram ir ao prefeito Rodrigo Hagge (MDB), aconselhar o gestor a deixar para depois da eleição geral, a votação de um projeto de lei e o julgamento das contas rejeitadas 2019, pelo TCM da Bahia, que estão sendo investigadas por suspeita de corrupção.
A pauta considerada kamikaze no Legislativo Municipal para os vereadores governistas que correm em busca de votos para seus deputados pode abalar a já frágil credibilidade dos parlamentares municipais se o prefeito Hagge insistir na votação de propostas indigestas como o Projeto de Lei nº 021/2021 sobre honorários advocatícios sucumbenciais e o julgamento das contas rejeitadas 2019, investigadas pelos Ministérios Públicos: federal e estadual, sob suspeitas de desvios. O prefeito tem maioria na Câmara para derruba a rejeição do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM).
Os vereadores do prefeito temem, por exemplo, que o julgamento das contas rejeitadas de Rodrigo Hagge, possa turbina nas redes sociais, por consequência da eleição, acusações de corrupção contra os parlamentares de Itapetinga, já que as contas a ser derrubada pelos vereadores governistas estão sendo investigadas e até o momento não existe um posicionamento do judiciário sobre as contas 2019 do prefeito.
Eleição faz vereadores do prefeito Hagge emperrar votação da PL dos Honorários (VEJA AQUI) |
Se para os vereadores que estão em campanha às contas rejeitadas já é um pesadelo para quem está nas ruas pedindo voto, que dirá a PL dos Honorários. O Projeto de Lei colocaria os contribuintes reféns de advogados da Prefeitura com cobrança de honorários que seriam pagos pelos devedores do município, e em caso, do não pagamento aos advogados públicos ingressariam na justiça requerendo a busca e apreensão de um dos patrimônios como garantia do pagamento. A proposta do prefeito Rodrigo Hagge é considera pelos vereadores um verdadeiro ‘suicídio político’.
Rodrigo Hagge se despede da Prefeitura em dezembro de 2024, os vereadores são 100% candidatos à reeleição, a PL dos horários é mal visto pela base governista formada hoje, por: João de Deus (MDB), Carlão de Palmares (MDB), Juscelino Gomes (PSC), Eliomar (MDB), o Tarugão, Pastor Evandro (PSD), Anderson da Nova (União Brasil), Adelino (MDB), o Peto, Manu Brandão (MDB), Tuca da Civil (Republicano), Helder de Bandeira (PSC), Gêge do Sindicato (PSB) e Presidente Valquirio Lima (PSD), o Valquirão. Esses veem risco de aprovar um projeto de lei altamente prejudicial à população, como forte chances de derrubar a tentativa reeleger, só para o prefeito beneficiar 4 advogados da Prefeitura, que ficariam milionários com 30% da dividida ativa do município, além das cobranças judiciais sob os contribuintes que teriam obrigação de pagarem aos procuradores municipais.
A chantagem Hagge: milhões da dívida ativa a advogados em troca do reajuste dos servidores da Câmara (VEJA AQUI) |
O forçado stand by [modo de espera], nas propostas do prefeito Rodrigo Hagge, considerada pela bancada de vereadores governista a ‘tampa do caixão’ com direito aos ‘pregos’ como brinde, não agradou o prefeito, que insisti na votação em plena eleição. Para o gestor municipal o pleito serviria de cortina de fumaça, ideia essa, não compartilhada pelos vereadores que acreditam o contrário, eles seriam vítimas de um ataque voraz de adversários prejudicando seus esforços de votos para seus candidatos já que eles estão em campanha para deputados.