Hagge tenta reorganizar base aliada na Câmara após eleição de derrotas e demissões na Prefeitura

Hagge tenta reorganizar base aliada na Câmara após eleição de derrotas e demissões na Prefeitura

Demissões de correligionários de vereadores na Prefeitura, põem em risco projeto polêmico do prefeito Rodrigo Hagge e julgamento de contas rejeitadas na Câmara.  

Hagge tenta reorganizar base aliada na Câmara após eleição de derrotas e demissões na Prefeitura
Clima entre prefeito Rodrigo Hagge (MDB) e vereadores da base aliada na Câmara de Itapetinga sofre revés com demissões de correligionários na Prefeitura. 

As vitórias petistas impôs a Rodrigo Hagge (MDB), um comportamento não muito diferente do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), de reclusão. Desde eleição, qualquer articulação na Câmara de Vereadores, o prefeito de Itapetinga prefere enviar emissários, no caso, secretários municipais, que ele próprio, para tratar de assuntos polêmicos que coloquem seus aliados no Parlamento em maus-lençóis.

Os resultados das urnas em Itapetinga considerando o placar final foi um desastre para Rodrigo Hagge, que no fim, ficou de mãos vazias, mesmo com expressiva votação de ACM Neto (União Brasil) no município. Com mais 2 anos pela frente, o prefeito de Itapetinga terá o desafios de segurar seus vereadores sem um sucessor competitivo e com a certeza que a cidade não terá investimentos até o fim de sua gestão. Salvo, se os petistas investirem na cidade de olho na Prefeitura em 2024.

A estratégia de depositar a expressiva votação do ex-prefeito de Salvador na conta do prefeito para dimensionar uma suposta força política, não deu certo. A jogada até colou nos aliados um dia após a eleição. Mas depois de 48 horas do 2º turno, as demissões de quase 600 servidores contratados na Prefeitura de Itapetinga transformou a suposta força de Hagge em fraqueza, e isso, refletiu fortemente na Câmara de Vereadores. 

No pacotão de cortes e demissões na Prefeitura, estavam incluídos mais de 500 contratados demitidos, todos eles, de indicação política de vereadores aliados do prefeito no Legislativo Municipal. Com as derrotas no curriculum turbinadas de demissões o clima Câmara sofreu revés. 

Nos bastidores da Câmara a reação explicita de vereadores enfurecidos com as demissões de seus correligionários refletiram diretamente nos projetos de leis polêmicos e julgamento das contas públicas de Rodrigo Hagge rejeitadas pelo TCM por suspeita de corrupção, entraram em compasso de espera. 

Na Câmara, o desgaste a espera dos vereadores com PL dos Advogados e contas suspeitas de corrupção (VEJA AQUI)

Percebendo que o clima fechou no Legislativo o prefeito deve entrar em campo após o jogo do Brasil na quinta-feira (24), para tentar assumir o controle do seu time de vereadores para no mínimo fazer tramitar o julgamento de suas contas rejeitadas no plenário da Câmara já no inicio de dezembro.

Sem nenhuma vantagem para oferecer aos vereadores, o prefeito deve garantir a retomada gradual dos demitidos até março/2023. Para interlocutores próximos do gestor municipal a promessa de retorno dos indicados dos vereadores deve acalmar a base aliada no Parlamento. 

Para alguns vereadores o problema não é só o retorno dos demitidos, o reflexo da eleição amarga por derrotas e sem expectativa de poder, também, mexe com os Parlamentares. O prefeito Hagge não é mais candidato, com a volta do PT e nome petista surgindo com força para eleição municipal 2024, fez descolar parte dos vereadores do presente para pensar no futuro de mais quatro anos pela frente. 

Após eleição, Prefeito Hagge inicia uma limpa na Prefeitura com cortes e demissões
Após eleição, Prefeito Hagge inicia uma limpa na Prefeitura com cortes e demissões (VEJA AQUI)

As negociações de Rodrigo Hagge com vereadores de sua base aliada será a mais dura que o jovem prefeito encarou desde que assumiu o comando da Prefeitura em 2016. Os vereadores não estão muitos dispostos a encarar desgaste com projetos de leis insanos como a da PL dos Advogados, se aprovada levará cidadãos devedores da Administração Municipal a perder seus bens para o município e advogados da Prefeitura, e isso, deve entra na conta dos vereadores governistas na eleição 2024, dá pior forma possível.