Contas rejeitadas pelo TCM de Rodrigo Hagge tende a ser derrubada na Câmara de Vereadores por aliados do prefeito.
De plenário cheio na sessão da quarta-feira (14), teve julgamento das contas rejeitadas frustrada por pedido de 'vista' de vereador de oposição. |
Nesta quinta-feira, 14, a Câmara Municipal de Itapetinga preparar mais um julgamento de contas rejeitadas do prefeito Rodrigo Hagge (MDB) pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM). A intensão dos vereadores da base aliada do governo municipal é derrubar auditoria do TCM que encontraram uma série de irregularidades nas contas do exercido 2019, que estão sendo investigadas por suspeitas de corrupção.
As contas do prefeito Hagge que ira a julgamento hoje (15), no Legislativo municipal, estão sendo investigadas pelos Ministérios Públicos (MPs), estadual e federal, por suspeitas de corrupção, no qual, o MP do estado da Bahia imputa de “Crimes Contra as Finanças Públicas e Má-gestão praticada por Prefeitos e Vereadores”.
Ministério Público acata pedido do TCM e começa investigar Hagge por crimes contra finanças públicas (VEJA AQUI) |
Mesmo sobre suspeitas graves de irregularidades, os vereadores aliados do prefeito Hagge na Câmara querem derrubar auditoria dos conselheiros do TCM, em parecer prévio, que apontou rombo e desvios de recursos em áreas vitais do município como educação e saúde, além de uma contabilidade criativa que causou um rombo nos cofres públicos de quase 320 mil reais.
Pela contabilidade criativa, o prefeito Rodrigo Hagge terá que devolver aos cofres municipais a quantia de R$321.133,60, com recursos pessoais, que foram pagos em juros e multas. E pagar uma multa estipulada em R$1,5 mil. Por essas e outras irregularidade é que levou o prefeito de Itapetinga a ser investigado pelos ministérios públicos.
De acordo com os Conselheiros do TCM, prefeito Hagge atrasava proposital o recolhimento previdenciário, gastava o dinheiro público em outras finalidades desconhecidas, com isso, provocou um rombo nos cofres público de R$321.133,60, com pagamentos em atrasos de multas e juros. A malandragem do gestor redeu uma representação ao Ministério público por parte do TCM.
Na balada da legislação que diz que a Câmara Municipal e órgão fiscalizador que julga as contas públicas do prefeito, que na verdade a de Itapetinga, não fiscaliza “porra” nenhuma, que me desculpe à expressão vulgar. Apenas acatam o que vem da Prefeitura, já que mais de 2/3 do Parlamento são subornados com cargos e muitos ‘lobos-guarás’ saltitantes na toca bolsau, [se é que me entende].
Os vereadores da base aliada tiveram uma prévia, ontem (14), de casa cheia com bajuladores em cargos de confiança na Prefeitura lotando o plenário, com discurso afinado e pronto para prepararem uma enorme ‘pizza de marmelada’ na maior cara-de-pau.
A intensão é livrar Rodrigo Hagge da inelegibilidade politica, caso, mantenha a rejeição das contas seria impedido de se candidatar a cargos públicos no futuro. Demais: multas e investigações seguem normalmente. O julgamento na Câmara é apenas político, nada mais, as suspeitas de corrupção seguirão a atormentar o jovem prefeito nos MPs.
Segundo Fontes, o julgamento será em votação secreta, prática abolida em todos os Legislativos do país, após a Emenda n° 76 da Constituição Federal. Mesmo assim, a Câmara de Itapetinga, se utiliza da prática por omissão de vereadores, partidos e do próprio Ministério Público de Itapetinga que vem prevaricando desde último julgamento de voto secreto nas contas rejeitadas do prefeito Rodrigo de 2018.
Em votação secreta, Câmara derruba parecer do TCM e aprova contas do prefeito Hagge. Tiquinho vai à justiça (VEJA AQUI) |
Mais irregularidades
Nas contas que será julgada pela Câmara de Itapetinga, os conselheiros do Tribunal de Contas identificaram não cumprimento das obrigações constitucionais, Rodrigo Hagge havia aplicado apenas 22,93% dos recursos provenientes de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino, quando o mínimo exigido é 25%. Nas ações e serviços de saúde foram investidos somente 14,47% dos recursos específicos, sendo o mínimo exigido 15%.
E tem mais, além de deixar um rombo nas contas 2019 de quase R$ 300 mil, por ter gasto mais do que arrecadou, o TCM havia rejeitado as contas da Prefeitura de Itapetinga, por extrapolar o percentual máximo para despesa com pessoal, que por lei é 54%, mas Hagge decidiu torrar o dinheiro público com contratação de indicados políticos na folha de pagamento que consumiu 57,05% das receitas do município para empregar correligionários de vereadores e de legendas partidárias.