Prefeito Eduardo Hagge celebra 100 dias de gestão sob forte desconfiança de aliados políticos em meio a boatos de ruptura no clã Hagge.
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Prefeito Eduardo Hagge (MDB), chega a 100 dias frente a Prefeitura de Itapetinga sobre forte percepção de desgaste político. |
Hoje, 10 de abril de 2025, O prefeito Eduardo Hagge (MDB), conhecido como Tiozão, completa hoje 100 dias à frente da Prefeitura de Itapetinga em meio a uma crise política aguda, marcada por decisões polêmicas, acusações de traição e uma gestão considerada errática por aliados e opositores.
Os primeiros meses da Gestão Gabiraba 3 têm sido marcados por brigas internas, disputas por cargos e um clima de instabilidade, com a popularidade do prefeito despencando a curto prazo. A administração Eduardo Hagge enfrenta acusações de amadorismo, falta de liderança e desarticulação, enquanto a base aliada no Legislativo se fragmenta sob pressão do Executivo.
O maior desgaste, no entanto, vem de dentro do próprio governo. Rumores de que quem realmente comanda a Prefeitura não é Eduardo, mas sua esposa, Zezé Hagge, ganha força após uma série de atitudes da primeira-dama consideradas "transloucas" e sem noção da responsabilidade no trato do dinheiro público.
Zezé tem sido apontada como peça-chave no enfraquecimento do governo ao exigir bajulação de aliados em troca de benefícios, criando um ambiente de subserviência e descontentamento. Vereadores que antes apoiavam o gabirabismo, agora se veem submetidos a uma dinâmica de poder que os coloca "de joelhos" diante de influências extraoficiais da primeira-dama da cidade.
Na retaguarda, o chamado gabirabismo, grupo de seguidores do ex-prefeito Michel Hagge, que o levou ao poder, enfrenta um processo de erosão. Eleitores históricos expressam frustração com a sensação de traição, resumida no desabafo de um apoiador: "Não importa o que ele faz. Ele nos traiu."
Além disso, cerca de três mil cabos-eleitorais que atuaram ativamente na campanha foram excluídos da gestão, alimentando um sentimento de abandono. Esse número representa quase a mesma base que garantiu a vitória de Eduardo Hagge sobre Cida Moura (PSD) nas urnas, indicando um risco eleitoral a médio prazo.
O mais preocupante para o prefeito, no entanto, é que o desgaste não vem apenas da oposição, mas de antigos aliados. Ex-integrantes da campanha, hoje renegados, têm sido os principais críticos da gestão, acusando Eduardo Hagge de desprezar quem o ajudou a chegar ao poder.
Enquanto a Gestão Gabiraba 3 não apresenta resultados concretos, o cenário político em Itapetinga se transforma em um campo minado, onde a sobrevivência do governo depende da capacidade ou falta dela de Eduardo Hagge reverter a crise de confiança que ele mesmo alimentou.
Análise: bajulação, promessas e mentiras marcam os 100 dias da gestão Eduardo Hagge (VEJA AQUI)
O desmonte político na gestão de Eduardo Hagge (MDB) vai além do ostracismo de correligionários. O prefeito aprofundou a crise ao romper com seu principal aliado: o ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB), seu sobrinho e principal articulador eleitoral.
Fontes próximas ao ex-gestor revelam que Rodrigo mobilizou toda sua estrutura política e financeira com ajuda da máquina pública para eleger o tio, mas foi descartado imediatamente após a vitória. O episódio, interpretado como traição dentro do clã político, expõe rachaduras irreparáveis no gabirabismo e coloca em xeque a sobrevivência política do grupo.
Na Câmara Municipal, a base governista opera em modo sobrevivência. Vereadores ainda estão ressentidos com a interferência do Executivo na eleição da Mesa Diretora e da escassez de benesses em troca de apoio. O jogo político se resume a um toma-lá-dá-cá com recursos minguados, de tempos de “vaca magra” enquanto os parlamentares do MDB, partido do prefeito, sofre as consequências dos desarranjos do gestor no Legislativo ao priorizar opositores do que aliados.
Os remanescentes da gestão Rodrigo Hagge enfrentam um dilema cruel: aderir ao linchamento público do ex-prefeito ou serem expurgados do governo. Enquanto isso, uma parcela de aliados tenta reverter o desgaste nas redes sociais, mas esbarra no ressentimento de 3 mil cabos eleitorais excluídos da máquina pública.
No núcleo do MDB, o cenário é de alerta máximo. Antigas lideranças do partido avaliam que Rodrigo Hagge pode protagonizar a grande ruptura, migrando para o campo da oposição liderada por Cida Moura (PSD). Caso concretizada, a guinada representaria um terremoto político, com um Hagge combatendo outro e enterrando de vez o movimento que os uniu desde o início dos anos 80.
Eduardo Hagge antecipa fracasso dos 100 dias ao culpar Rodrigo Hagge pela paralisia (VEJA AQUI)
Colunista do IDenuncias, ouvidos, são unânimes ao apontarem que o gabirabismo já perdeu sua essência, transformado em um projeto de poder sem lastro popular. A única certeza, segundo alguns aliados do ex-prefeito, é que a conta do desmonte será cobrada nas urnas. Enquanto isso, Eduardo Hagge governa sob o fogo cruzado de ex-aliados e a sombra do próprio sobrenome.
É simbolismo, é traições, é gabiraba, é vida que segue...
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