Na Zoeira: vereadores ex-oposição viram resto de parição da Zezé; o taxador de defuntos; o cabresto do Tiozão

  Os esqueminhas de bastidores de Itapetinga.

Na Zoeira: vereadores ex-oposição viram resto de parição da Zezé; o taxador de defuntos; o cabresto do Tiozão

Tetas dos privilégios secou...

Tem cena mais patética na política de Itapetinga do que vereador que se dizia leão de oposição virar gatinho manso pra garantir um naco de ração na Prefeitura? Pois bem, em tempo de Expor Agro, meus caros, o circo da política local acaba de apresentar mais um número risível: os ex-opositores que agora não passam de resto de parição da Zezé, aqueles bezerros desgarrados que, sem a vaca-madrinha pra dar leite, mugem por migalhas no curral do prefeito Eduardo Hagge.

Os vereadores Tiquinho Nogueira (PSD), Sibele Nery (PT), Sol dos Animais (solidariedade) e Daniel Lacerda (Podemos), paridos na oposição com direito a pompa, microfone e discurso inflamado, não demoraram muito a mamar nas generosas tetas da gestão gabiraba. E quem era a matriarca dessa boiada? Ela mesma, a Zezé, a ex-primeira-dama, ex-chefona da Ação Social e, por um bom tempo, primeira-ministra de fato da cidade. A mãezona dos vereadores-babões da oposição, que se lambuzavam com as benesses ofertadas no colo da rainha do social.

Mas como diria o cantor forrozeiro, Edegar Mão-Branca, o prefeito Eduardo levou foi “um chapéu de couro” da Zezé, daqueles de lascar a testa. A ex-dama caiu do trono, destronada com a classe de um tombo de jegue em ladeira molhada. Traída ou traidora, o fato é que saiu do jogo. E com ela, evaporou-se a era de privilégios para seus afilhados de plenário vindo da oposição.

Agora, sem a mãezona Zezé pra distribuir cargos e favores, os vereadores viraram órfãos de oportunidade, rebaixados a meros figurantes da base do prefeito. São os novos "aliados de conveniência", iguais aos de primeira hora da campanha do “Tiozão”, que por sinal, nunca teve muito amor pelo gado, seja ele de leite, e corte.

O que sobra desse espetáculo? Um bando de resto de parição, bajulando o prefeito de Itapetinga com o desespero de quem sabe que o leite secou e o pasto ficou ralo. Não há mais tetas, nem mãe, nem moral.

E no curral da política, quem vira gado sem dono, vira carne de segunda. E olhe lá.

O taxador de finados...

A gestão municipal de Itapetinga, liderada por Eduardo Hagge (MDB), tem tratado os cemitérios da cidade com uma frieza alarmante, como se fossem brechós de ossos. Familiares só descobrem que seus mortos foram removidos quando visitam os túmulos e recebem a notícia com brutal indiferença: os restos sumiram, sem aviso ou qualquer respeito mínimo. A dignidade, ao que parece, não está incluída no pacote funerário da prefeitura.

Transformados em depósitos de memórias descartáveis, os cemitérios funcionam como drive-thrus do esquecimento. As covas são reaproveitadas com agilidade industrial, por falta de espaço, e claro, com doses de excesso de ganância. Cada exumação abre espaço para uma nova taxa, alimentando um ciclo de lucro construído sobre o sofrimento de quem perdeu alguém.

A situação se agrava com a cobrança anual de R$ 1.500 para manter um ente querido enterrado. Para muitas famílias pobres, isso significa escolher entre pagar contas ou manter os mortos em paz. A inadimplência, nesse contexto, não leva ao protesto do nome, leva à remoção dos ossos. O luto se tornou um luxo e a falta de pagamento, uma sentença de exumação.

Com uma gestão que parece saída de um roteiro de novela macabra, o prefeito Eduardo Hagge opera como um coveiro corporativo, onde até defunto tem valor de mercado. O que deveria ser um campo-santo virou um comércio de lápides. Enquanto isso, Itapetinga assiste, indignada, ao espetáculo grotesco de sua própria desumanização e o prefeito segue, firme, faturando sobre a dor dos vivos e o silêncio dos mortos.

Como diz nosso chefão do IDenuncias: “É vida que segue...” e digo mais, é vereadores caladinhos fingindo que essa merda não é com eles.

Hagge quer cabresto no Hagge...

O ninho gabiraba achou que, depois do armistício político entre o ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB) e o tiozão prefeito Eduardo Hagge (MDB), tudo voltaria à mais perfeita paz, clima de churrasco em família e foto no feed. Mas eis que Rodrigo descobre, mais uma vez, que titio não é exatamente do tipo apegado à família... que dirá aos aliados de primeira hora.

Poucos dias após a reconciliação no gabinete da Prefeitura de Itapetinga, celebrada com pompa pelo clã Hagge e idolatrada pelos gabirabas como o retorno do salvador, a ressaca veio mais rápido que caipirinha em festa de interior. Após a crise conjugal da “galhada da Zezé” que deixou vago o cargo de primeira-dama, Eduardo mostrou todo seu amor fraterno ao declarar, num xeque-mate digno de político sacana: “Ou Rodrigo apoia meus candidatos petistas, ou esquece meu apoio pra deputado estadual.”

O singelo recado dado com a ternura de um boi bravo veio durante um café da manhã com vereadores da base, onde o prefeito trocou o pão com manteiga por um cabresto político de primeiro laço. Rodrigo, que já havia vendido a alma (e talvez o CPF) para eleger o tio na eleição passada, percebeu que gratidão em política é como Wi-Fi em roça: promete, mas não chega.

E assim segue a saga Hagge, onde os abraços escondem punhais e os cafés da manhã servem mais intrigas que promessa de amor parental e fraternal.