Nas cordas, Eduardo Hagge está cercado de assessores que trabalham contra ele

Assessores ruins, nepotismo e brigas internas colocam a gestão Eduardo Hagge em contante crise e desgastes políticos.

Nas cordas, Eduardo Hagge está cercado de assessores que trabalham contra ele

Eduardo Hagge (MDB), prefeito de Itapetinga, conseguiu um feito raro: transformar menos de oito meses de mandato em uma coleção de crises que dariam inveja a qualquer veterano da política. E não foi a oposição quem lhe fez esse estrago foi sua própria equipe. O prefeito, ao que tudo indica, tem assessores tão “competentes” que, se fossem bombeiros, levariam gasolina para apagar incêndio.

Briga com o sobrinho e ex-prefeito Rodrigo Hagge (MDB), intervenção atrapalhada na eleição da Câmara, desgaste com vereadores aliados e, por cima do bolo, a farra do nepotismo desvendada pelo Ministério Público. Em comum a todas essas trapalhadas: conselheiros que não preveem nada, não articulam nada e ainda orientam o prefeito a pular no precipício com os dois pés.

Se política é previsibilidade, articulação e bons conselheiros, Eduardo conseguiu o oposto: improviso, desarticulação e assessores que parecem ter se formado na escola do “quanto pior, melhor”.

Como se não bastasse, o prefeito teve a brilhante ideia de desprezar aliados e abrir espaço para figuras da oposição em sua administração. É quase um curso prático de como perder apoio. Ora, opositor não muda voto de quem sempre foi contra, mas Eduardo apostou que sim. Resultado: ficou sem confiança de um lado e sem utilidade do outro.

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A recente crise do nepotismo pode ser tratada como oportunidade de ouro. Basta usar o episódio para mandar a “banda podre” embora e mostrar que aprendeu a lição. Mas coragem, ao que parece, não é uma qualidade abundante no atual gabinete. E assim, o prefeito vai deixando claro que prefere colecionar problemas em vez de soluções.

Enquanto isso, o tempo passa. Pesquisa recente encomendada pelo Palácio de Ondina, já indicam o tamanho do estrago: Eduardo aparece em terceiro lugar, com apenas um dígito de intenções de voto. Rodrigo Hagge, mesmo fora da Prefeitura, tem quase o dobro. E Cida Moura, a opositora, lidera sem dificuldade.

Ou seja, se a roda da política nunca para de girar, Eduardo corre o risco de ser esmagado por ela. E não adianta reclamar: quem se cerca de maus conselheiros cava a própria cova política.

A esta altura, a escolha é simples: trocar os assessores que só servem para criar confusão, ou esperar que o povo troque o prefeito. Eduardo precisa decidir rápido se quer comandar a Prefeitura ou apenas assistir ao próprio naufrágio.

É os tabajaras, é vida que segue...