Gestão itapetinguense Eduardo Hagge é acusada de "paranoia" e espionagem em busca de aliados de adversário político.
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| Imagem de sindicalistas do sindicato dos servidores públicos regionais baianos frente a Prefeitura de Itapetinga. |
O Sindicato dos Servidores Públicos (SINDITATIBA), liderado por Valdeilson Pereira, prepara uma denúncia formal ao Ministério Público (MP) contra o prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB), e a secretária municipal de Administração, Cristiane Anunciação Coelho. A acusação central é de crimes cibernéticos e vigilância digital ilegal contra funcionários da prefeitura.
Segundo o sindicato, a gestão municipal teria montado uma rede de vigilância para espionar os servidores, inclusive os comissionados, com o objetivo de acessar dados pessoais e descobrir quem estaria repassando informações internas para adversários políticos, no qual, o dirigente que não quis antecipar quem seria.
O presidente do sindicato, Valdeilson Pereira, afirma que essa ação é resultado de uma "surreal paranoia" da administração. Para ele, o monitoramento expõe dados pessoais de maneira indevida, com a clara intenção de localizar e retaliar possíveis aliados de ex-prefeito e sobrinho, que hoje são desafetos públicos do atual prefeito.
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A suspeita de espionagem ganhou força após um colunista do site IDenúncias tornar público o sistema de vigilância. Em seguida, servidores denunciaram ao sindicato uma medida considerada drástica: a Secretaria de Administração estaria proibindo funcionários de entrar com seus celulares.
A justificativa oficial para a proibição dos celulares seria a "proteção dos dados públicos". No entanto, o SINDITATIBA alega que a verdadeira quebra de sigilo estaria ocorrendo internamente, sendo conduzida por uma empresa contratada pela prefeitura.
O sistema de vigilância da prefeitura é semelhante a um que teria sido implantado anteriormente na Câmara de Vereadores de Itapetinga (sob autorização do então presidente, o falecido João de Deus) para descobrir supostas fontes de vazamento para o site IDenúncias.
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Essa ação na Câmara resultou em denúncias à Justiça por parte do MP contra servidores inocentes da Casa, usando o que o site considera "provas patéticas, ridículas e improvisadas". O IDenúncias, que nasceu nos EUA, foi criado no Brasil para fazer o que o poder público fiscalizador não teve coragem de investigar a fundo: os crimes políticos em Itapetinga.
Em meio ao cenário de denúncias e embates, o IDenúncias manifestou ceticismo sobre a atuação do Ministério Público local neste novo caso, sugerindo aos sindicalistas que fossem a Salvador denunciar os eventuais crimes contra os servidores da Prefeitura de Itapetinga.

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