Sem dinheiro, candidatos a prefeito penam para emplacar suas campanhas

Sem dinheiro, candidatos a prefeito penam para emplacar suas campanhas

Maioria dos candidatos a prefeito de Itapetinga enfrenta dificuldades em manter suas campanhas até o dia da eleição.


Sem dinheiro, candidatos a prefeito penam para emplacar suas campanhas
Candidatos a prefeito de Itapetinga enfrentam dificuldades financeiras até para manutenção de simples 'santinhos'.


O sonho de qualquer apaixonado por política em uma cidade de pequeno e médio porte é chegar ao alpes de uma candidatura para prefeito. Ao conquistar a sonhada indicação municipal pelo partido através das convenções partidárias o pretendente descobre que para emplacar sua campanha eleitoral, precisa e necessita de dinheiro e muito dinheiro se quiser conquistar a vaga de prefeito.

Alguns candidatos acreditam equivocadamente que a popularidade é suficiente para garantir sucesso na campanha eleitoral, claro que é uma característica positiva, mas para conseguir votos e rebanhar apoiadores o poder aquisitivo financeiro e fator decisivo para sucesso na corrida eleitoral.

O surgimento de 5 candidaturas a prefeito em Itapetinga nessa eleição 2020, é exemplo de um mal-entendido politico onde a vaidade superou a realidade, e expôs a fragilidade de candidaturas que tentam sair do ciclo partidário para as ruas.

É o caso de candidaturas como a de Paulo da Geladeira (PSDC), Gilson de Jesus (PC do B) e Juraci Nunes (PDT). Esses candidatos penam para decolarem suas campanhas e o fator é sempre o mesmo, dinheiro para bancarem materiais gráficos, deslocamento de pessoal, comitês, entre outras despesas essências para manutenção das campanhas.

A campanha PSDC de Paulo da Geladeira é exemplo da pindaíba eleitoral, falta de tudo, menos disposição para dizer aos eleitores que é candidato a prefeito de Itapetinga. Paulo enfrenta dificuldades em manter um simples santinho que posa indicar sua numeração na urna eletrônica. Se tiver, é para reta final. O PSDC muda de nome é hoje, é Democracia Cristã (DC), sua participação no fundo bilionário partidário é de apenas R$ 4 milhões, para todo o país, segundo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Gilson de Jesus do PC do B, é ex-vereador que deixou legado na Câmara de Itapetinga após vários mandatos, como parlamentar municipal foi exemplo de dedicação e honestidade, mas agora enfrenta seu maior desafio, em tentar manter sua campanha de pé com recursos financeiros limitados do partido. Para seguir com a campanha Gilson de Jesus precisa da famosa vaquinha se quiser chegar inteiro em 15 de novembro. Já os santinhos e outros materiais gráficos tem, agora saber até quando.

Juraci Nunes, da promessa de pomposos recursos na campanha ao realismo imposto pelo seu partido PDT. Quando decidiram implodir a candidatura Silvio Macedo (PP), o diretório da legenda prometeu injeção de recursos através de deputados e políticos ligados ao governador da Bahia Rui Costa (PT) a candidatura do ex-vereador. Os dias se passaram o que tem de recursos dá pra começar tardiamente, mas não se saber se dá para chegar até o dia da eleição.

Amaral Júnior, não há dúvidas que tem recursos para enfrentar uma campanha eleitoral, afinal é o candidato do governador Rui Costa da mesma legenda partidária. Amaral aparentemente tem recursos financeiros, tem apaixonados petistas, tem ex-prefeito apoiando, tem parte da imprensa de seu lado, tem deputados influentes, só restando para o radialista e ex-vereador o voto do eleitorado itapetinguense.

Rodrigo Hagge, o prefeito de Itapetinga do MDB, esse só precisa convencer o leitorado do município acredita novamente em suas promessas. O Prefeito Hagge, é o tem de tudo nessa campanha em tempos de pandemia. Se for falar em recursos, a cria Gabiraba, tem é muito, da largada a chegada de campanha. Rodrigo Hagge, tem agentes com cargos de confiança e contratados na Prefeitura para impulsionarem o já ganhou, além de seguidores do gabirabismo. Para completar tem o apoio do grupo liderado pelo ex-prefeito Dr. José Otavio Curvelo dos Democratas.

Essa eleição entrará na história não pela pandemia, mas pela maior lição aos sonhadores políticos que pensarão mil vezes antes de enfrentar uma campanha eleitoral por pura vaidade.