Vídeo expõe controle ameaçador do prefeito Hagge sob vereadores aliados

Vídeo expõe controle ameaçador do prefeito Hagge sob vereadores aliados

Ameaçados de perderem cargos na Prefeitura, vereadores aliado de Rodrigo Hagge na Câmara cumprem ordens do prefeito de não questionar vetos e ainda ficarem calados.

Vídeo expõe controle ameaçador do prefeito Hagge sob vereadores aliados
Sessão Plenária da Câmara Municipal de Itapetinga. 

O princípio da separação dos Poderes está expresso no art. 2º da Constituição Federal nos seguintes termos: São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O princípio é de independência e harmonia no sentido de que cada Poder tem a sua esfera de atuação na Republica.

Bem, em Itapetinga a Constituição Federal é rasgada para dá fundamento a seu próprio principio básico que não está em nenhum artigo da Carta Magna nos seguintes termos: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Assim vive o nosso Parlamento Municipal nos dias atuais, sobre total controle do prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB), que faz da Câmara Municipal uma mera extensão da Prefeitura.

Com 12 vereadores da base governista sendo manipulados pelo prefeito Hagge e controlados por um maranhado esquema do toma-lá-dá-cá. A maioria dos vereadores que deveriam representar a população no Parlamento jogam as favas o compromisso expresso na Constituição de legitimo representante do povo para representar seus próprios interesses.

A sessão plenária da quinta-feira (19) em vídeo publicado pelo IDenuncias, em matéria: “Vereadores foram obrigados a manter vetos do prefeito Hagge sob ameaça de perda de cargos”, expôs o controle ameaçador do prefeito de Itapetinga sob vereadores, com punição de cortes de vantagens e de cargos na Prefeitura se caso, contrariassem decisões do prefeito.

Com uma ampla bancada de vereadores aliados na Câmara, à última sessão revelou que quem manda de fato no Legislativo Municipal é o prefeito Hagge. Com uma série de vetos a projetos de leis de vereadores aliados, os edis receberam ordem expressas vinda da Prefeitura para não questionar as decisões do prefeito, como mostra no vídeo abaixo. Como o principio base da atual legislatura é: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, os vereadores cumpriram com rigor a determinação de Rodrigo Hagge, de se calarem.

No vídeo, observa que os vereadores que tem direito a defender os projetos de leis e  questionar os vetos do prefeito, por 10 minutos, foram obrigados a ficarem em silêncio no momento que o presidente Valquirão submente os vetos em votação. A ordem do calar veio da Prefeitura:  

 

O silêncio desmoralizador dos vereadores: Aldelino Fonseca/MDB (Peto), Anderson da Nova (DEM), Antônio Carlos/Republicanos (Tuca), Neto Ferraz/PSC, Eliomar/MDB (Tarugão), Manu Brandão/MDB, Pastor Evandro/ PSD, Genison Feitosa/PSB (Gegê), Helder de Bandeira/PSC, João de Deus /MDB, Luciano Almeida/MDB, Valquirio Lima/PSD (Valquirão), na sessão plenária não só expôs a subserviência dos parlamentares como também a erosão do ímpeto do Poder Legislativo Municipal que era respeitado desde a emancipação política de Itapetinga.

A demonstração do controle do prefeito sob o Legislativo está estampado na fachada da Câmara que hoje, leva o nome da mãe do prefeito, Virginia Hagge, uma ex-presidente, de legado duvidoso que passou apenas 2 anos no Legislativo e foi responsável pela maior fraude em eleições internas da Casa, mesmo assim, os vereadores resolveram ignorar o passado para homenagear a mãe do gestor municipal com forma de agraciamento pelo o arranjo de obrigar o vereador Anderson da Nova abdicar da presidência e convocar nova eleição para eleger o favorito de Hagge, o atual presidente Valquirio Lima (Valquirão).

O controle do prefeito Hagge sob o Parlamento, não é visto só no plenário da Casa com vereadores submissos, está nos corredores e seus gabinetes, com cargos comissionados de prorrogativa de vereadores, sendo indicados por Hagge, como o assessor jurídico e blogueiro, Rivadavia Ferraz e o Chefe de Gabinete e ex-vereador Romildo Teixeira, ambos indicados pelo prefeito e chancelados pelo presidente Valquirão.

Em um passado não tão distante ex-presidentes como Zildo Carvalho, Gama Sobrinho, Gilson de Jesus, Rômulo Schettinni, Juraci Nunes, Marcos Gabrielle, tinham lá seus defeitos como gestores legislativos, mas é inegável que todos cumpriram seus deveres de respeitar e manter harmonia e autonomia do poder legislativo municipal, fato, muito diferente dos dias atuais, em que vereadores vendem os princípios constitucionais em troca de cargos na Prefeitura.