Resistência a uso do ponto eletrônico para assessores reforça a prática de laranjas para rachadinhas na Câmara de Vereadores.
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| Aprovada em outubro/2019, a lei do ponto eletrônico para assessores parlamentares foi ignorada na gestão Naara Duarte e volta a ser descumprida na presidência de Léo Matos. |
Os esquemas de laranjas e rachadinhas no coração do Poder Legislativo Municipal é como um fantasma que ronda os corredores da Câmara de Vereadores de Itapetinga que insiste em permanecer mesmo com promessas de campanha de exorcizar a prática que levou a legislatura passada a ser demonizada pelo eleitorado nas urnas.
Mas parece que os vereadores ainda não entenderam a liquidação do ano passado na eleição municipal, com maior bota-fora de parlamentares da história da Câmara de Itapetinga. Na esteira da renovação 10 vereadores não conseguiram retornar ao legislativo e um desistiu no meio do caminho. Pesava contra a maioria deles os velhos hábitos do uso de assessoria parlamentar laranja para prática das rachadinhas, que consiste em reter parte dos salários dos comissionados de gabinete.
Para tentar conter a continuidade dos esquemas, o então polêmico vereador Romildo Teixeira (PDT), derrotado na última eleição, criou a lei do ‘ponto eletrônico’ para assessores parlamentares, a medida visava abolir os esquemas de laranjas, porém não impedia a continuidade das rachadinhas, mas seria uma saída honrosa dos frequentes escândalos do laranjal legislativo. Aprovada em outubro/2019, a lei do ponto eletrônico para assessores parlamentares foi ignorada na gestão Naara Duarte (PSC) e volta a ser descumprida na presidência de Léo Matos.
As promessas dos candidatos vitoriosos nas urnas de boa prática legislativa ficaram para trás, a começar com o atual presidente da Câmara de Itapetinga, Léo Matos (PSD), que prometeu honrar sua legislatura, e hoje, quebra a promessa ao ignorar a Lei do ‘Ponto Eletrônico’ para assessores parlamentares. Ao fechar os olhos para obrigatoriedade do ‘ponto eletrônico’ o presidente Matos, permite que os esquemas do laranjal e suas rachadinhas voltem a bater a porta do Poder legislativo.
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| Vereadores de Itapetinga optam por velhas práticas do passado ao não permitir que suas assessorias trabalharem na Câmara de Itapetinga. |
O próprio gestor da Casa, Léo Matos, segundo levantamento do IDenuncias, vem mantendo seus dois assessores parlamentares mais distantes que exatamente pertos da Câmara de vereadores. Lucas Silveira Aguiar, teve inicio presencial no Parlamento, mas nas últimas semanas faz visitas com raras frequências ao Legislativo, enquanto isso, a segunda assessoria do presidente é como um fantasmas nas dependências da Casa, Marcus Cruz de Oliveira só compareceu ao Legislativo para entrega de documentos para fazer parte da folha de pagamento, de lá para cá, nem como detectores de espectros conseguem captar sinais de sua presença na Câmara.
O segundo secretário da Mesa Diretora, vereador Antônio Carlos Gomes (Republicano), mais conhecido como “Tuca”, mantém um dos seus assessores parlamentares em ativa, trabalhando quase diariamente no Legislativo enquanto o outro tomou mesmo caminho espectral do assessor do presidente da Casa, nem por visita a segunda assessoria do vereador Tuca comparece a Câmara de Itapetinga.
O vereador Genison Feitosa do Nascimento (PSB), conhecido como Gêge, ora opositor, ora governista, leva seu transtorno dissociativo de identidade política para dentro do seu gabinete, que mantem seus assessores sob visita no Parlamento. Com sua dupla identidade aflorando entre continuar sendo sindicalista de esquerda e vereador governista, Gêge, não mantém se quer um assessor fixo no gabinete, que dirá os dois trabalhando. A assessora de Gêge, Maria Eunice Franca da Silva, saí da categoria de laranja para de fantasma, enquanto seu segundo, está indeciso se cumpre o papel de assessor ou de blogueiro e radialista, Fredson dos Santos Reis mantem visita semanal no Parlamento.
A vereadora Sibele Shirley da Silva Nery (PT) novata no Parlamento aprendeu rápido como cultivar laranjas em plena Câmara. A petista, mantem Rozilane Reis dos Santos como assessora fixa em seu gabinete cumprindo seu deve diariamente. Já Adenilson Lima Silva, esse, nem com reza braba consegue localiza-lo no Legislativo.
Vereador Aldelino Andrade Fonseca/MDB (PETO), compartilha em parte com a prática da petista. O Vereador mantém um assessor fixo no gabinete e outro sobre visita. Os nomes dos assessores de alguns vereadores não divulgados nessa publicação são devido a conflito de informações. Quando sugue os nomes é que os dados são precisos.
Neto Ferraz (PSC), vereador e primeiro secretario da Mesa Diretora, mantem embalo da petista e do emedebista, de um assessor fixo na Câmara de Itapetinga e outro como visitante.
Vereador João de Deus (MDB), mantem um assessor fixo na Câmara e outro sobre uso particular a serviço do parlamentar. Jorge dos Santos Vidal, em horário de expediente cumpre a função de motorista do vereador em vez de assessor. A prática de desvio de finalidade é considerada crime, mesmo assim, João de Deus continua desafiar a lei, sem incomodo das autoridades.
Mas existem vereadores de boas práticas ao manter em ativa seus assessores trabalhando diariamente na Câmara de Itapetinga como o caso dos parlamentares: Hilderico de Souza Ferraz Nogueira/PDT (Tiquinho), Luciano Almeida (MDB), Eliomar Barreira/MDB (Tarugão), a recordista de troca-troca de assessores, Emanuella Brandão/MDB (Manu) e o vereador de quatro mandatos Valdeir Chagas (PDT).
Em últimas publicações, o IDenuncias apontou o troca-troca de assessores parlamentares como combustíveis que abasteceu esquema de laranjas no passado. A reportagem revelou que os vereadores Helder de Bandeira (PSC), Pastor Evandro (PSD), Anderson da Nova (DEM) e Emanuella Brandão não deixaram seus assessores por muito tempo nos gabinetes e acabaram levantando forte suspeitas sobre o uso de assessores laranjas para prática das rachadinhas.
Em virtude das novas revelações do IDenuncias, sobre provável volta do esquema de assessoria laranja, um grupo de vereadores tentaram articular uma investida contra servidores público da Câmara de Itapetinga, para descobrir se existe entre o funcionalismo algum servidor a serviço do site de denuncias. A tentativa foi frustrada pelo primeiro Secretario da Mesa Diretora, Neto Ferraz que levou o caso a plenário da sessão virtual.
