Na medida que as nomeações de cargos de confiança são publicadas, vereadores aliados pressionam prefeito por mais vaga na Prefeitura a correligionários.
Prefeito de Itapetinga Rodrigo Hagge (MDB) na Câmara de Itapetinga empossado para segundo mandado. Foto extraída do site oficial da Prefeitura de Itapetinga. |
“Feliz somos nós da oposição que não prometemos empregos em tronca de voto”. Essas são as palavras de um vereador de oposição diante da forte pressão de 11 vereadores da base de sustentação na Câmara de Itapetinga sob o prefeito Rodrigo Hagge (MDB), por vaga na Prefeitura em cargo de confiança.
Há três semanas, o prefeito Hagge vem nomeado sua equipe de secretariados e de cargos de segundo e terceiro escalão da administração pública. Na medida em que as nomeações são publicadas no Diário Oficial do município, um frisson toma conta dos vereadores governistas, que em sua maioria prometeram a manutenção de diversos empregos na segunda gestão Hagge, assim como novas contrações.
Com uma Câmara renovada em 75%, o prefeito dispõem de 11 vereadores: três reeleitos, João de Deus (MDB), Eliomar/MDB (Tarugão) e Anderson da Nova (DEM) e 8 novatos, Léo Matos (PSD), Pastor Evandro (PSD), Manu Brandão (MDB), Luciano Almeida (MDB), Aldelino Fonseca/MDB (Peto), Antônio Carlos Gomes/Republicano (Tuca), Neto Ferraz (PSC) e Helder de Bandeira (PSC). Esse é o tamanho da dor de cabeça do prefeito Hagge, que terá que dividir cargos na Prefeitura por voto na Câmara.
O problema é que o prefeito Rodrigo Hagge vem colecionando contas rejeitadas pelo TCM – Tribunal de Contas dos Municípios, sendo as duas últimas 2018 e 2019 por descumprimento a lei de Responsabilidade Fiscal, entre os motivos da rejeição, excesso de gastos com pessoal em folha de pagamento. Daí, é que podemos afirma que as contas de 2020 a ser julgada este ano, estão comprometidas e só por um milagre serão salvas da rejeição pelo TCM.
Com multas que aproxima quase um 1 ano de salário de prefeito, Rodrigo Hagge até o momento terá que desembolsar R$ 176 mil em multas aplicadas pelo TCM da Bahia por excesso na folha de pagamento, além de outras irregularidades, a ponto do conselheiro do TCM, Fernando Vita, determinar a formulação de representação ao Ministério Público Federal (MPF) para que seja apurada a prática de crime de improbidade administrativa.
Diante de quadro administrativo penoso ao bolso e com risco de ser processado por crime contra o patrimônio público, o prefeito vem mantendo cautela nas contratações de pessoal, deixando sua base na Câmara de Vereadores nervosa e apreensiva. Afinal os vereadores prometeram o que não poderia garantir: a permanência de empregos assim como novas contrações.
Com contratações a ‘conta gota’. O prefeito Hagge vem ignorando ligações telefônicas dos vereadores aliados, como também, evitando encontros. Em quanto Hagge se distância da pressão da sua base aliada, os vereadores vem recebendo pesadas cobranças de seus correligionários, que estão impacientes com os Parlamentares, na demora da recondução, assim como na ocupação de novo cargos na prefeitura.
Fonte afirmou a colaboradores do IDenuncias, que o clima dentro do Legislativo Municipal é de revolta para com o prefeito Hagge, que distancia e não dá expectativa sobre ocupação de cargos na Prefeitura a correligionários de vereadores.
Desde a campanha a reeleição do Prefeito Hagge, o IDenuncias vinha alertando sobre as dificuldades do prefeito em cumprir promessa de vereadores por emprego em caso de vitória nas urnas, devido as contas públicas rejeitadas.
Agora, o clima que azeita a relação de vereadores com o prefeito começa a entornar o caldo da boa convivência na medida e que os parlamentares são pressionados pelos seus correligionários que busca emprego na Prefeitura. Como não haverá vagas para todos, a rejeição ao prefeito contamina até os mais fieis ao gestor gabiraba, que perderam a esperança de serem nomeados com o fechamento das contratações de cargo de 2º escalão, que alias, só premiou um ex-vereador, Fabiano Alves/DEM (Bahia), que assumiu o cargo de Assessor Especial, por pura pressão do ex-prefeito Dr. José Otavio Curvelo (DEM).