Retorno de Geraldo Trindade a Educação revela o jogo sujo de Hagge na eleição

Retorno de Geraldo Trindade a Educação revela o jogo sujo de Hagge na eleição

As perigosas jogadas do prefeito Rodrigo Hagge contra vereadores e vice-prefeito na eleição municipal.


Retorno de Geraldo Trindade a Educação revela o jogo sujo de Hagge na eleição
Prefeito Rodrigo Hagge (MDB) e secretário da Educação Geraldo Trindade em Brasília. 


“Livre-me de todo mal” essa simples e forte frase é proveniente bíblico da era cristã. Mas “livra-me dos meus aliados” essa pode ser oriunda do gabirabismo renovado que de certa forma está sobre a liderança do prefeito Rodrigo Hagge (MDB), que decidiu em segredo expurgar aliados políticos próximos nessa última eleição visando a nova liderança política de Itapetinga.

A obscura manobra política do prefeito Hagge, arquitetada na eleição municipal era se livrar dos incômodos aliados políticos com mandatos e rifar seus vereadores e vice-prefeito sobre sua benção. Métodos, muito utilizado por seu avô, o ex-prefeito Michel Hagge (MDB), que conseguiu impor a política sob chicote e ao mesmo tempo angariar seguidores ao longo de décadas.

A primeira eleição de Rodrigo Hagge foi conquistada graças à formação de uma grande aliança entre ex-inimigos políticos, os ex-prefeitos José Otavio Curvelo (DEM) e Michel Hagge.  Porém, Rodrigo Hagge sebe que o gabirabismo está envelhecendo junto com seu avô [Michel] e o fim é eminente. E para conquistar nova liderança seria preciso ter seus próprios seguidores através de políticos eleitos indicados por ele [Prefeito].

Mas para manter seu ambicioso plano em ativa precisaria de pessoas muito próximas do prefeito, como o secretário de Educação, Geraldo Trindade indicado pelos Democratas (DEM) a pasta. Hagge conquistou a confiança de Trindade e juntos arquitetaram um plano de deterioração da legenda Democrata liderada pelo ex-prefeito José Otavio Curvelo. E deu certo, o secretario esvaziou a legenda aliada ao assumir a presidência do PSC (Partido Social Cristão), angariou importantes filiados do DEM a nova legenda, que levou o partido Democrata a fazer apenas 1 vereador nessa eleição, muito diferente da eleição/2016, que fez três vereadores. 

O esvaziamento do DEM, não seria o suficiente, Hagge queria mais, e o mais, era a cabeça e cadeira do vice-prefeito Renan Pereira (DEM). Para isso, tramou com Trindade a queda do veterano político, com a saída do secretário da Educação da pasta, em exato prazo de 04 meses para se desincompatibilizar do cargo de secretário para quem estaria pleiteando a vaga de vice-prefeito. Era o recado do prefeito Hagge aos Democratas de José Otavio.

Recado ouvido no veterano ninho Gabiraba, que entenderam os planos de Hagge, mas acharam arriscado perderem uma liderança como José Otavio que poderia unir a fragmentada oposição entorno do ex-prefeito ou aquém José Otavio indicar. O alerta do ninho, é que a campanha poderia encarecer com racha, além de correr sério risco de perder a eleição. A posição dos gabirabas desnorteou os planos de Hagge e Trindade por não encontrar suporte do velho gabirabismo.

Então veio o plano “B”, esse seria o mais desonesto e dissimulado de todos. Enfraquecer sua base de vereadores na Câmara de Itapetinga para fortalecer as candidaturas de amigos leais à administração. O plano consistia em lançar candidaturas de ex-secretários com amplo apoio e suporte logístico no uso da estrutura da Prefeitura.

Com a base aliada de Hagge na Câmara de Itapetinga, já cambaleada pela maldade do ‘Código Tributário’ enviado pelo prefeito ao Legislativo, e com denuncias de esquemas de rachadinhas revelados pelo IDenuncias. Os vereadores foram presas fáceis na eleição com derrotas fragorosas. Mas o resultado, no entanto, não agradou o prefeito, dos fieis emedebistas próximos do gestor municipal, só três foram agraciados pelas urnas e dois tiveram os mandatos renovados.

O fracasso do plano “B” de Hagge foi tão ruim, que o prefeito preferiu dá pouca importância pela conquista do seu partido nas urnas que levou 1/3 [um terço], das cadeiras legislativa municipal, mesmo assim, decidiu dá preferencia do comando da Câmara de Itapetinga para um vereador de outro partido e de pouca confiança do gabirabismo. O parlamentar é hoje, presidente do Legislativo/2021, Léo Matos (PSD).

A estratégia de enfraquecimento dos vereadores orquestrado por Rodrigo Hagge e Geraldo Trindade começou rasteiramente nas secretarias municipais. Lá [Secretarias] estavam os indicados de vereadores em cargos de confiança e contratados. A jogada era usar pessoas muito próximas do prefeito Hagge, com proposito de convencer e retirar de forma discreta o apoio político dos apadrinhados dos vereadores e transferirem o mesmo apoio e voto para os candidatos indicados pelo prefeito de Itapetinga.

A sorrateira estratégia de Hagge deu certo diante o resultado das urnas, que apontou renovação recorde na Câmara Municipal de Itapetinga com não eleição de 11 vereadores que se despediram do Parlamento. Azar do prefeito foi à reeleição dos vereadores aliados Anderson da Nova (DEM), Eliomar/MDB (Tarugão) e João de Deus (MDB). Mesmo esses dois últimos parlamentares sendo do mesmo partido do prefeito, os planos do chefe do Executivo não os incluíam.

A humilhação imposta pelo prefeito Rodrigo Hagge a vereadores do MDB, com a presidência de Léo Matos na Câmara abriu uma lacuna entre o Executivo e vereadores aliados com sérias lesões a serem cicatrizadas. As feridas abertas por Hagge poderá ser curadas, mas isso dependerá exclusivamente dá oferta de cargos do prefeito a vereadores em descontentamento.

Em quanto isso, Geraldo Trindade retoma seu antigo posto de secretário municipal da Educação, mesmo criando fortes atritos entre partidos e lideranças aliadas, que em circunstâncias normais dificilmente retomaria a Pasta.