Em 16 semanas de mandatos, vereadores de primeiro mandato e mais bem votados desconstrói imagem e sofrem com desgaste político em meio a cobranças e escândalos de laranjas.
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| Na imagem da esquerda para direita: Adelino Fonseca/MDB (Peto), Lúciano Almeida (MDB), Presidente da Câmara de Itapetinga Léo Matos (PSD), Helder de Bandeira (PSC) e Manu Brandão (MDB). |
Quando um cidadão despertar para vida política geralmente é de família de políticos, sindicalista, líder de movimento popular e religioso ou por puro interesse pelo salário moleza e bem pago pelo povo até quando durar o mandato.
Em Itapetinga, depois de uma longa e exaustiva campanha em meio à pandemia, vereadores começam a sentirem revés de esperançosos políticos a mais um estorvo no Legislativo. Isso em 3 meses e 18 dias de mandato como vereadores na Câmara Municipal de Itapetinga.
São os casos dos 5 estreantes vereadores mais bem votados do município na última eleição/2020, em 1º lugar - Emanuella Brandão (MDB), 2º - Adelino Fonseca/MDB (Peto), 3º - Luciano Almeida (MDB), 4º - Helder de Bandeira (PSC) e 7º - Léo Matos (PSD). Esses políticos de primeira viagem reacenderam a esperança da população depois de uma Câmara repleta de políticos encrencados com esquema de laranjas e rachadianhas. Agora, esses mesmo vereadores sentem o peso da reponsabilidade de titulados na campanha de ‘esperança’ renovada a piores da Câmara.
Da mais votada, a mais desgastada, essa é a realidade que vive atualmente a vereadora Emanuella Dias Brandão/MDB (Manu Brandão), que nas últimas semanas sentiu o gosto amargo de ser um político destetado por parte do eleitorado de Itapetinga. Manu se destacou na eleição 2020, ao chegar ao topo com 1.182 votos.
As estratégias imprevisíveis de Manu Brandão no mandato de vereadora ao estilo modelito fashion de exibicionismo de redes sociais, levou a parlamentar a viver seus 'dias de cão', com troca-troca de assessores parlamentares a vacina contra covid-19.
Com manias de postar tudo nas redes sociais, Manu cometeu o erro primário de políticos que foram vacinados e massacrados nas redes, além de responderem a processo judicial por furarem a fila da vacinação. Mesmo tendo direito a ser vacinada, por ser uma profissional de enfermagem ativa aos 41 anos, a vereadora fez questão de registra o momento da imunização e de imediato postou nas redes sociais. O que parecia um gesto de conquista virou derrota na mesma velocidade da postagem. Manu, foi duramente criticada após uma internauta contestar e afirmar que ela não teria direto de ser vacinada. Daí veio além das criticas os xingamentos, tudo por conta da critica da internauta má informada. A vereadora pretende ir à justiça contra a responsável da postagem. Os fatos contribuíram para um desgaste sem precedente em pouco tempo de legislatura.
O então desconhecido e segundo mais bem votado em Itapetinga, vereador Adelino Fonseca (MDB), mais conhecido como Peto, é vitimas de seu próprio poderio de voto redutal. Peto, teve maioria dos seus votos proveniente do seu bairro Américo Nogueira onde mora. Informações vinda dos moradores da localidade é que o jovem vereador, vem recebendo uma enxurrada de pedidos como pagamento de vencimento, água, luz e cesta básica, cobranças típicas de um reduto eleitoral. A negação de Peto, desperta a fúria dos moradores que não o vê mais como representante do bairro. Se seguir os prognósticos de rejeição, Peto dificilmente repetirá seus 1.145 votos.
Luciano Almeida (MDB) 3º mais bem votado, com 1.087, sofre desgaste não pelas suas ações como vereador na Câmara de Itapetinga, mas fora do Parlamento. Durante a campanha e na ânsia de conquistar apoio político a sua candidatura, fez promessas de empregos por votos, em meio à crise sanitária. As consequências, bateram em sua porta com cobranças de seus promessas com espetadas vindas das redes sociais, em especial grupos de WhastApp.
Helder Flavio Pinto Ladeia (PSC), vereador mais conhecido como Helder de Bandeira, sofre das mesmas consequências de voto redutal do também vereador Peto. Com mais de 90% dos votos oriundos do Distrito de Bandeira do Colônia. Helder que se meteu com troca-troca de assessor parlamentar, vem sendo bombardeado com criticas internas vinda dos próprios moradores do distrito de Itapetinga. Com raros pedidos de pagamentos de vencimentos, Helder vem sendo cobrado por imediatas ações administrativa no Bandeira, como pavimentação de ruas, esgotamento, melhorias na saúde e assistência social.
Na campanha, correligionários de Helder saíram às ruas prometendo grandes transformações, afirmando que um representante na Câmara de vereadores traria realizações jamais vista no Distrito. Esses correligionários só omitiram aos moradores, o fato que essas realizações custaria tempo e não seriam de imediato como o prometido. Por consequências, desgaste e mais desgaste político.
Atual presidente da Câmara de Itapetinga, Léo Matos (PSD) é 7º da lista de vereador mais bem votado, com 890 votos. De carreira mais política que de gestor de fundação filantrópica. Matos é um exímio articulador de bastidores político, mas como político com mandado vem cometendo ratadas consideradas infantis.
Na presidência, Matos é incapaz de usar as leis a seu favor, e vem permitido a volta dos esquemas de assessoria laranja para prática das rachadinhas que detonou a imagem do Parlamento na gestão que o antecedeu. Mesmo com uma lei municipal criada em 2019, que exige que assessores parlamentares a baterem ponto eletrônico. Léo Matos decidiu ignorar a obrigatoriedade do ponto a pedido de vereadores. Atualmente o presidente da Câmara vem seguindo os passos da gestão passada, ao manter seu próprio cultivo de laranjas em seu gabinete. Com um assessor em visita e outro como fantasma no Parlamento.
A volta dos laranjas na Câmara de Itapetinga desmorona a imagem do atual presidente Léo Matos, que tem a nítida pretensão de lançar candidatura de deputado estadual apoiado pelo Deputado Federal Antônio Brito (PSD), no município. A pretensão de candidatura é mantida em segredo entre correligionários próximos, mas Matos não descarta essa possibilidade a amigos íntimos. As últimas revelações vinda da Câmara contribuíram para depressivo desgaste de Matos.
